Saúde

Efeitos neuroprotetores do café contra o Parkinson

O café consumido em todo o mundo tem demonstrado possuir propriedades que protegem os neurônios, um fator crucial na luta contra a doença

27 Mai 2024 - 20h24 | Atualizado em 27 Mai 2024 - 20h24
Efeitos neuroprotetores do café contra o Parkinson Lorena Bueri

Uma pesquisa publicada na revista científica Neurology destaca um avanço significativo sobre os efeitos neuroprotetores da cafeína, especialmente em relação à doença de Parkinson. O café amplamente consumido em todo o mundo tem demonstrado possuir propriedades que protegem os neurônios, um fator crucial na luta contra desordens neurodegenerativas. Os autores do estudo enfatizam a importância de analisar biomarcadores de ingestão de cafeína antes mesmo do surgimento dos sintomas de Parkinson.

A relação entre a ingestão regular de café e um menor risco de desenvolver sintomas neurodegenerativos já era suspeita, mas agora, com evidências, abre-se um novo horizonte para estratégias de prevenção e tratamento baseadas na dieta e estilo de vida. Este estudo não só reforça a visão do café como uma bebida benéfica do ponto de vista neurológico, mas também inspira futuras pesquisas sobre como componentes alimentares específicos podem ajudar a proteger nossa saúde cerebral.


Cafeína uma substância presente no café, pode reduzir em 25% o risco de desenvolvimento da doença de Parkinson (Vídeo: Reprodução/YouTube/Regenerati-Dr.Willian Rezende)


Análise internacional sobre café e prevenção de doenças

Para entender a relação entre o consumo de café e o desenvolvimento de doenças não transmissíveis, pesquisadores conduziram um estudo abrangendo 184.024 indivíduos de seis países diferentes: Suécia, Reino Unido, Holanda, Alemanha, Espanha e Itália. Esses participantes faziam parte do estudo EPIC, uma investigação em larga escala voltada para explorar como a nutrição afeta a incidência dessas doenças. Durante aproximadamente 13 anos, a coorte EPIC4PD focou em identificar casos potenciais de Parkinson através de registros médicos, cuja validação foi realizada por especialistas.

Além de um meticuloso levantamento de dados de saúde, foram analisados hábitos alimentares e de vida dos participantes por meio de questionários detalhados, abordando desde o consumo de café até aspectos como tabagismo e atividade física. Interessantemente, o estudo se debruçou também sobre a análise de metabólitos primários da cafeína no sangue, buscando entender a fundo o impacto bioquímico do consumo deste estimulante na saúde geral e sua potencial relação com a redução no risco de doenças como o Parkinson.

Relação entre consumo de café e redução do risco de parkinson

O estudo apresentou descobertas intrigantes sobre a relação entre o consumo de café e a incidência da doença de Parkinson entre homens e mulheres. Segundo esta pesquisa, entre os participantes, 308 homens e 285 mulheres foram diagnosticados com Parkinson. Aqueles que relataram um maior consumo de café apresentaram um risco quase 40% menor de desenvolver a doença, comparativamente aos que não consumiam café. Apesar de ser um estudo observacional, que não estabelece causalidade direta, ele fortalece a hipótese de que a cafeína possui um efeito protetor. Este efeito foi confirmado não só pela análise epidemiológica, mas também pelo exame de bioamostras coletadas antes do diagnóstico de Parkinson, contribuindo para uma melhor compreensão sobre a etiologia e prevenção desta condição neurológica. Essas descobertas destacam o potencial papel da cafeína e de seus metabólitos na prevenção da doença de Parkinson, suscitando novas questões sobre a relação entre dieta e saúde neurológica.

O que é a doença de Parkinson?

A doença de Parkinson é um transtorno neurológico progressivo que afeta predominantemente a coordenação motora dos indivíduos, levando ao desenvolvimento de sintomas como tremores em repouso, rigidez muscular, lentidão de movimentos e perda de equilíbrio. Sua origem está associada à degeneração dos neurônios produtores de dopamina, um neurotransmissor essencial para a execução fluida dos movimentos corpóreos. Fatores genéticos e ambientais, como a exposição a toxinas, são considerados contribuintes para o risco de desenvolver a doença. Os tratamentos disponíveis, embora não curem o Parkinson, objetivam amenizar os sintomas e melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. 


Doutor Drauzio Varella explica o que é o mal de Parkinson (Vídeo: Reprodução/YouTube/Drauzio Varella)


Estes incluem medicações que visam compensar a deficiência de dopamina, terapias de apoio como fisioterapia e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos. O impacto na qualidade de vida dos afetados pode ser profundo, afetando sua autonomia e capacidade de realizar atividades diárias, mas com o manejo adequado, muitos indivíduos conseguem manter um nível satisfatório de vida.

Foto Destaque: Estudo comprova que consumo de café pode ajudar no mal de a Parkinson (Reprodução/Juanma Hache/Getty images)

 

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