A lombalgia, mais popularmente nomeada como dor na coluna, é um problema sentido por muitas pessoas, especialmente com o avanço da idade. Muitos relacionam a dor lombar com a hérnia de disco, mas será que a afirmação é verdade?
O diretor do Grupo da Coluna da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Renato Hiroshi, esclarece que a dor lombar em si não significa automaticamente que é uma hérnia de disco, mas pode ser uma das fases desta condição.
“O sintoma mais presenciado é a dor ciática, que é um estado básico para caracterizar a hérnia de disco. Isso confunde muito e pode levar a um diagnóstico inadequado e,por causa disso, a um tratamento errado”, diz o especialista.
Ele salienta que uma avaliação clínica mais ampla é fundamental para fechar o diagnóstico específico de hérnia de disco.
O líder da Unifesp realça ainda que algumas das questões que prejudicam o quadro da lombar e levam ao surgimento de hérnia de disco, são os exemplos: sedentarismo, má postura, falta de atividade físicas e, em seguida, ausência de ergonomia da maioria dos móveis domésticos em função de adaptações feitas para o exercício do trabalho remoto.
Dor nas costas. (Foto: Reprodução/Pexels)
O especialista recomendou que as dores irradiadas radiculares são um dos sintomas básicos da hérnia de disco. “Temos visto nas clínicas de ortopedia de coluna um elevado número desses pacientes tanto com a dor radicular, sendo radícula é a dor ciática, como também com a dor lombar”, falou Renato.
“Em alguns casos, tem aquele paciente que é mais pesado, mas sendo ativo, tem uma atividade física regular e vai criar uma estrutura muscular adequada com o peso. O que não pode acontecer é o paciente sedentário onde, seja ele obeso ou magro, ter um desequilíbrio muscular. Isso vai gerar uma sobrecarga para a coluna”, disse. A hérnia de disco é habitual até mesmo em atletas e pessoas ativas. O exercício físico regular é essencial para que a musculatura de sustentação da coluna impeça a sobrecarga dos discos intervertebrais.
Foto destaque: Consulta com o médico. Reprodução pexels.