Saúde

Diretor do Ministério da Saúde fala sobre mudanças na campanha de vacinação

A campanha de vacinação contra o vírus da gripe, influenza, acaba no final deste mês e apenas 25% do público alvo procuram os postos para se imunizarem

10 Mai 2023 - 19h12 | Atualizado em 10 Mai 2023 - 19h12
Diretor do Ministério da Saúde fala sobre mudanças na campanha de vacinação Lorena Bueri

Em recente entrevista, o infectologista e diretor do Ministério da Saúde, Éder Gatti, deixou claro que o Brasil precisará mudar o esquema de vacinação no país se quiser aumentar a aplicação das doses da vacina contra gripe. De acordo com Gatti, a adesão à vacina contra o vírus influenza caiu progressivamente, antigindo na campanha atual que acabará no final do mês, apenas 25% do público alvo. 

Ainda na entrevista, o infectologista disse que para tentar melhorar a adesão à vacina contra a gripe, terá que dar uma maior atenção aos municípios, por meio de ações amparadas pelo Ministério. Ou seja, as campanhas de vacinação deverão ser feitas de forma diferente para cada população e para cada região.

"As campanhas de vacinação terão que ser pautadas de forma diferente, está claro. Não basta oferecer as vacinas para os municípios e entregar a eles a responsabilidade da vacinação. Existe o desafio de comunicar num cenário de ampla disseminação de desinformação", relata. 


Foto: Famosos promovendo a vacinação. (Reprodução/Instagram/@minsaude)


Éder Gatti, fez questão de deixar claro que é necessário mudar a forma que é feito multivacinação e que já está em fase de planejar mudanças no programa baseado nas doses de rotina disponíveis nos postos de saúde durante todo ano, que em sua maioria é oferecida às crianças.

Com isso, será criado uma rede de apoiadores, focando nos municípios e determinando quais ações serão necessárias para aumentar o número do público imunizados. As ações poderão ser desde a busca ativa nas escolas públicas ou privadas, seja nos espaços públicos, podendo ser alternados. Ficando o Ministério responsável por instruir e capacitar os municípios para prestarem esse serviço a população.

"Faremos coisas diferentes. Vamos preparar um microplanejamento, planejar a partir da realidade de município, o que incluí vacinar em escolas, fora dos muros (dos postos de saúde) e ampliar horários de aplicação. Vamos transferir recursos para que os estados e municípios desenvolvam essas ações, uma coisa que o PNI não faz há muitos anos.", explica. 

O planejamento para realizar as mudanças já está acontecendo e o primeiro estado escolhido foi o Amazonas, estendendo este mês para o Acre. Foram escolhidas estas cidades, por conta do risco de reintrodução da poliomielite. O novo planejamento deverá atingir gradativamente todo o país.

 

Foto destaque: Mulher segurando a agulha enquanto insere dose de vacina. Reprodução/Instagram/@minsaude

 

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