Ter uma boa infraestrutura de atendimento a saúde pública é um dos principais direitos a população, no Brasil e no mundo. No Reino Unido há o National Health System (NHS), semelhante com o Sistema Único de Saúde (SUS), a principal semelhança é que ambos os sistemas são universais e gratuitos.
O que chama a atenção é que há meses o NHS vem sofrendo suas maiores crises econômicas e de saúde pública. Um sistema que sempre foi referência mundial, não tem remunerado devidamente os funcionários, não tem oferecido boas condições de trabalho e aos pacientes.
Grevistas pedem pagamento justo. (Foto: Reprodução/ causaoperaria.org.br)
O sindicato da categoria calcula que há uma média de 47 cargos de enfermagem não preenchidos, o principal motivo é a “ma remuneração” oferecida aos profissionais que foram muitas vezes aplaudidos durante a pandemia da Covid-19, os mesmos estão estressados e sobrecarregados.
A dor da espera
Alguns casos de desistência médica começaram a se tornar públicos como o do menino Yusuf Mahmud Nazir cinco anos, vivia com a família no norte da Inglaterra e em novembro de 2022 ele morreu de pneumonia, após horas de espera foi liberado do hospital sob a alegação de que não havia leitos disponíveis. O caso comoveu o país e chamou atenção para a crise que abala o sistema nacional de saúde há muito tempo.
A população vem buscando cada vez mais por atendimento privado e seguros de saúde em decorrência da fila de espera que chega a mais de 7 milhões de pessoas para os atendimentos considerados “eletivos — não urgentes”.
A preocupação dos grevistas e da população também rondam em torno daqueles que não possuem condições de pagar por atendimento privado. Mesmo com a pressão popular e dos profissionais, não há movimentação do governo para resolver a crise na qual o país vem enfrentando.
Foto destaque: Logotipo National Health System (NHS)
Reprodução/ remessaonline.com.br