Nesta quinta-feira, 10, o Ministério da Saúde começou a distribuição das primeiras vacinas da Pfizer contra a Covid-19 para bebês e crianças. O lote tem um total de 1 milhão de doses e chegou ao Brasil no fim de outubro, dia 27. O processo de aprovação da Anvisa demorou quase dois meses.
Vacinação em crianças contra a Covid-19. (Foto: Reprodução/Márcia Foletto/O Globo)
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde publicou uma nota solicitando a liberação da vacinação de crianças entre 6 meses e 4 anos de idade. No entanto, neste momento a recomendação do Ministério da Saúde é que as doses sejam aplicadas apenas em crianças de seis meses até três anos que tenham alguma comorbidade.
“O Conass defende a compra imediata de doses suficientes para vacinar toda a faixa etária incorporada e a vacinação seja oferecida para esse grupo sem restrições”, informa a nota, assinada por Nésio Fernandes de Medeiros Júnior, secretário de saúde do Espírito Santo.
No dia 16 de setembro, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já aprovou a imunização com a vacina da Pfizer para essa faixa etária, bebês de 6 meses até crianças de 4 anos. Ambas as instituições não colocaram restrições na aplicação das doses para essas idades.
Em contrapartida, a opção do Ministério da Saúde em restringir a vacinação apenas para crianças com comorbidades tem como objetivo praticar uma “medida cautelar”. A imunização em bebês e crianças sem comorbidades será estudada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec), como informa a pasta.
O Conass destaca o Boletim InfoGripe, da Fiocruz, referência de 23 a 29 de outubro, que evidenciou que as crianças de 0 a 4 anos foram “o grupo com maior risco, considerando-se a população até 60 anos de idade”.
Todos os estados e o Distrito Federal vão receber as vacinas para a aplicação nos bebês a partir de 6 meses e crianças até 2 anos e 11 meses, até essa sexta-feira, 11. A distribuição para os municípios fica responsável pelos governos locais.
Foto Destaque: Frascos de vacina contra a Covid-19. (Reprodução/Torsten Simon/Pixabay)