O mundo da música foi abalado na última semana com a notícia de que a cantora Céline Dion, de 54 anos, foi diagnosticada com a Síndrome da Pessoa Rígida, que é uma condição neurológica rara e incurável.
O comunicado foi feito através de um vídeo de cinco minutos postados no Instagram da artista. “Eu venho lidando com problemas de saúde há muito tempo e tem sido muito difícil enfrentar esses desafios e falar sobre tudo o que eu tenho passado”, declarou. Em sequência, ela disse também que pretende cancelar ou adiar shows da turnê Courage World Tour.
Mas afinal, o que é a Síndrome da Pessoa Rígida?
A Síndrome da Pessoa Rígida (SPS) é um distúrbio neurológico crônico raro que causa uma rigidez muscular, e até mesmo espasmos musculares intensos na região do tronco e dos membros. A postura, equilíbrio e capacidade de usar certos objetos são afetadas pela síndrome.
A doença afeta nervos da medula espinhal e os neurônios do cérebro que regulam o movimento, na maioria dos casos, surge por conta de um componente autoimune, podendo ser progressivo e doloroso. Para Céline Dion, cujo a profissão exige do seu corpo e do controle vocal, essa condição afeta diretamente na performance. “Essa doença não me permite cantar do jeito que estou acostumada”, disse em seu comunicado.
A SPS afeta duas vezes mais mulheres do que homens, podendo atingir pessoa de todas as idades, e embora não seja curável, pode ser gerida através da inserção de anticorpos que atenuam a resposta imune ou pelo uso de relaxante musculares, anticonvulsionantes e analgésicos.
O diagnóstico pode ser feito por exames neurológicos e neuromusculares, incluindo eletromiografia. O diagnóstico não é fácil, já que muitos dos sintomas, como as dores musculares, rigidez e espasmos, são similares ao da esclerose múltipla e outras distrofias musculares. Quando os sintomas são bem controlados, os risco de morte são baixíssimos, e os pacientes podem viver uma vida relativamente normal.
Foto destaque: Céline Dion. Reprodução/Kevin Winter/Getty Images
