Saúde

Condição super rara: conheça a bebê que nasceu com quatro rins

A pequena Ísis nasceu prematura e já passou diversas cirurgias, inclusive para a retirada de um dos rins. Médicos garantem que ela terá uma vida normal

14 Jan 2024 - 10h24 | Atualizado em 14 Jan 2024 - 10h24
Condição super rara: conheça a bebê que nasceu com quatro rins Lorena Bueri

Há 1 ano e 1 mês, a chegada da pequena Isís Eloah Ferreira Alves transformava a vida da mamãe de primeira viagem Thalia Silva Alves, de 21 anos. Além do parto prematuro, a bebê nasceu com uma condição extremamente rara: quatro rins. A descoberta foi uma surpresa tanto para a mãe quanto para os médicos do Distrito Federal.

Prematura, a bebê logo foi encaminhada para incubadora, onde passou um bom tempo internada no Hospital de Sobradinho (DF). Até então, a equipe médica acreditava que ela tinha apenas um rim.


A mamãe Thalia e a récem-nascida Ísis (Foto: reprodução/DFRecord)


A descoberta de que Ísis, na verdade, tinha quatro rins aconteceu posteriormente, aos cinco meses de vida quando foi transferida para o Hospital da Criança José Alencar (DF). Durante uma cirurgia, os médicos confirmaram a existência dos outros rins, totalizando quatro. 

Caso super raro

Segundo o urologista-pediátrico Hélio Buson, a condição é considerada super rara. Em todo mundo, existem cerca de 100 casos registrados na literatura mundial.


Exame mostra os quatro rins de Ísis Eloah (Foto: reprodução/G1)


Chamado de “rins supranumerários”, Hélio, que também é chefe do setor de urologia do Hospital da Criança de Brasília (HCB) e responsável pelo caso de Ísis, explica que ainda não se sabe exatamente o motivo pelo qual pode ocorrer o surgimento de um ou mais rins supranumerários, mas isto acontece ainda durante a gestação.

Contudo, a existência de mais rins não indica anormalidade para o corpo, uma vez que funcionam normalmente. Por isso, é comum que a condição passe despercebida ao longo da vida caso nenhum problema seja detectado. Como explicou Hélio, os rins podem dar problema no futuro, mas pode não acontecer absolutamente nada. “É necessário um acompanhamento clínico por um longo espaço de tempo, muitos anos, provavelmente até ela virar adulta”, disse o médico em entrevista ao G1.

De quatro para três rins

A pequena Ísis, que apesar de nova já enfrentou bravamente algumas cirurgias, precisou retirar um dos rins após detectarem, por meio de exames, que um dos órgãos estava com tamanho aumentado devido a uma obstrução que gerou acúmulo de urina na região.

De acordo com a urologista pediátrica Larissa Marinho, que também acompanha o caso, este rim se transformou em uma espécie de massa abdominal e comprimiu outros órgãos. “Nós constatamos por meio de exames que esse rim, além de obstruído, já não funcionava como rim, ou seja, não filtrava mais o sangue. Por isso, chegamos à conclusão de que esse rim deveria ser retirado”, explicou a médica para o G1.

Por ser o caso de um rim supranumerário, o órgão não pôde ser doado, pois a vascularização acontece de forma diferente. Dessa forma, o rim de Ísis foi encaminhado para estudo.

Vida normal e acompanhamento médico

Com uma ótima recuperação após a cirurgia de retirada de um rim, a pequena Ísis seguirá com uma vida normal, garante a urologista Larissa.

“Foi um caso muito interessante desde o início, porque até mesmo na literatura médica especializada não há muitas publicações sobre esse tipo de malformação. Hoje, ao acompanharmos a boa evolução da Ísis no nosso ambulatório, vê-la poder desfrutar de uma vida normal é muito gratificante”, relembrou a médica emocionada.


Thalia e Ísis já em casa, em Formosa (GO) (Foto: reprodução/DFRecord)


Thalia, mãe da valente Ísis, conta que apesar do acompanhamento médico semanal por conta dos atrasos motores e da fragilidade pulmonar relacionados ao parto prematuro é muito satisfatório ver a filha tendo uma vida normal. “Tento ver o lado bom da maternidade, porque não é fácil”, contou a mãe que fica feliz em saber que a filha é rara e única.

O pai biológico de Ísis nunca quis se envolver na criação da menina, mas Thalia começou um novo relacionamento e pode contar com uma rede de apoio. Hoje, a mamãe de primeira viagem planeja montar o quarto da menina e pintar as paredes para ajudar na questão respiratória da filha.  

Foto destaque: anomalia no rim foi identificada ainda na gestação, mas não se sabia qual (reprodução/DFRecord)

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