Após registrar marco de 8.232 pessoas infectadas na última semana, a prefeitura de Campinas anunciou baixa progressiva nos casos de dengue. A diminuição da epidemia iniciou-se no dia 21 de maio, principalmente com a chegada do frio e redução das chuvas.
Com o sexto maior número de infectados desde 1998 e uma morte registrada em 2023, a cidade de Campinas declarou estado de epidemia no dia 12 de abril, depois de superar a média de casos dos últimos dez anos. Segundo a diretora de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea Von Zuben, o aumento de infectados nos últimos dois meses decorre do clima quente e da alta incidência de chuvas.
Entretanto, perante as menores temperaturas registradas no fim de maio, os casos confirmados estão em declínio. Isso ocorre, pois o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, utiliza-se de locais com água parada como criadouros para proliferação, assim justifica-se o caráter tropical da doença. Mesmo com a baixa das estatísticas, a Secretaria de Saúde mantém recomendações de prevenção contra a reprodução do mosquito e a difusão da doença.
Informações sobre o Aedes aegypti, mosquito da dengue. (Foto: Reprodução/Estadão)
Ações de combate e prevenção são permanentes, segundo diretora da Devisa
Dentre os cuidados contra a propagação da doença, está a procura imediata de um médico, após a constatação de sintomas, como: febre alta, vômito, diarreia, dores corporais e manchas vermelhas na pele.
"Então, às vezes, a pessoa diz: 'Eu acho que tô com dengue, mas não vou procurar ajuda'. Aí o que acontece? O mosquito pica ela, fica com vírus nele, pica um monte de outras pessoas e a gente não mata o mosquito. Então precisa procurar assistência, é muito importante", afirmou Andrea Von Zuben.
Outra indicação feita aos residentes da cidade, é evitar o acúmulo de água em pneus, vasos de plantas e baldes. Deve-se vedar todos os possíveis reservatórios, a fim de evitar a reprodução do mosquito.
Foto destaque: Mosquito Aedes aegypti. Reprodução/Secretaria de Saúde de SC