Saúde

Brasileiros criam tecnologia para prever epidemias de dengue

A pesquisa feita no Paraná utiliza um modelo matemático que combina inteligência artificial e dados ambientais e epidemiológicos

16 Mar 2024 - 20h05 | Atualizado em 16 Mar 2024 - 20h05
Brasileiros criam tecnologia para prever epidemias de dengue Lorena Bueri

Cientistas brasileiros da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) desenvolveram uma tecnologia para prever epidemias de dengue com dias de antecedência, conforme reportagem do jornal O Globo deste sábado (16). O modelo matemático criado utiliza inteligência artificial para analisar padrões espaço-temporais da doença, considerando os dados como número de casos confirmados, internações hospitalares, óbitos e variáveis ambientais, como temperatura e umidade relativa do ar.

O objetivo da pesquisa é fornecer informações precisas sobre os locais com maior probabilidade de ocorrência da doença, permitindo a emissão de alertas e a implementação de ações preventivas com mais eficácia. O modelo foi testado no município de Campo Mourão, no interior do Paraná (PR), entre 2019 e 2020, identificando, por exemplo, que o surto de dengue na cidade teve origem em um ferro velho local.


Pesquisa pode possibilitar a implementação de ações de prevenção com mais eficácia (Foto: reprodução/nuriyah/Pixabay)


Tecnologia auxiliará em implementações de combate à dengue

De acordo com Fábio Teodoro de Souza, líder da pesquisa e professor da PUCPR, compreender o comportamento das doenças endêmicas é fundamental para a implementação de políticas públicas eficazes de combate. “A gente quer fazer algo que funcione para toda a sociedade”, disse o pesquisador, em entrevista ao jornal O Globo. A tecnologia desenvolvida visa auxiliar na identificação de casos, mobilização comunitária e aplicação de inseticidas em locais críticos, contribuindo para a prevenção e controle da dengue.

A previsão gerada pelo modelo pode ser utilizada pelas autoridades de saúde para planejar ações de curto a longo prazo, preparando equipes, campanhas de prevenção e logística hospitalar. O estudo teve origem na pesquisa de Fábio sobre deslizamentos de encostas no Rio de Janeiro. 

Alta nos casos de dengue no primeiro trimestre

Nos primeiros três meses de 2024, o Brasil já registrou 1,68 milhão de casos prováveis de dengue, ultrapassando o total de casos de 2023, que foi de 1,66 milhão, segundo dados do Ministério da Saúde disponibilizados na página do Painel de Monitoramento de Arboviroses.

Apesar do aumento nos casos, o número de mortes registradas este ano (513) ainda não supera o total do ano anterior (1.094). No entanto, existem 903 óbitos ainda sob investigação, o que pode aumentar as estatísticas de mortalidade da dengue neste período de dois meses e meio de 2024.

Foto Destaque: mosquito Aedes aegypti (Reprodução/shammiknr/Pixabay)

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