A subvariante Ômicron XQ, uma combinação das sublinhagens BA.1.1 e BA.2 da Ômicron, teve os seus primeiros casos registrados no Brasil nesta quinta-feira (5). Dois casos foram detectados em pacientes contaminados na cidade de São Paulo. A idade e o gênero dos analisados não foram divulgados.
O sequenciamento genético realizado pelo Instituto Butantan diagnosticou a mais recente versão da cepa e, assim como aconteceu com a subvariante XE, indicou a existência de uma mistura entre os elementos das duas subvariantes da Ômicron, gerando a nova XQ. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as duas versões da subvariante não infectam simultaneamente as pessoas.
Na Inglaterra e no País de Gales, 49 casos de variante recombinante já haviam sido identificados. "Todas essas variantes recombinantes são chamadas de variantes de interesse. Estão abaixo do grau de variante de preocupação (VOC) da OMS", disse Salmo Raskin, médico pediatra e geneticista e diretor do Laboratório Genetika, em Curitiba.
Anteriormente, a variante XE – antecessora da subvariante XQ da Ômicron – teve o seu primeiro caso detectado em Mumbai. No Brasil, a cepa foi descoberta e é uma mutação de cepas B.1 e B.2 da Ômicron. A OMS está atualmente rastreando a mutação. Os sintomas podem incluir febre, dor de garganta, garganta arranhada, tosse e frio, irritação e descoloração da pele, desconforto gastrointestinal e tosse seca.
Variante da Ômicron. (Foto: Reprodução/Pixabay)
A seguir, na íntegra, a nota da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo:
A Secretaria de Estado da Saúde mantém o monitoramento do cenário epidemiológico em todo o território estadual. A confirmação de variantes ocorre por meio de sequenciamento genético e, até o momento, há dois casos da nova variante Ômicron XQ (BA.1.1 e BA.2) no município de São Paulo identificadas pelo Instituto Butantan. Balanço da vigilância aponta mais de 10 mil casos da variante Ômicron e suas sublinhagens.
O comportamento de um vírus pode ser diferente em locais distintos em virtude de fatores demográficos e climáticos, por exemplo. A Vigilância estadual, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), monitora, acompanha e auxilia nas investigações, em tempo real de todas as Variantes de Preocupação (VOC = Variant Of Concern), tais como Delta, Alpha, Beta, Gamma e a Ômicron.
As medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel); distanciamento social; e a vacinação contra a COVID.
Foto destaque: Subvariante XQ da Ômicron. Reprodução/WP