No último dia 23, pesquisadores alertaram que o aumento da temperatura dos oceanos está tornando os mares da costa americana propício a uma bactéria devoradora de carne. A “Vibrio prejudicial” vive em água morna e salgada.
Essa bactéria é da mesma família da bactéria que causa cólera. Ela entra no organismo dos banhistas através de cortes e feridas.
Em caso de infecção o risco de morte é de 20%. Em 30 anos o número de infectados multiplicou oito vezes.
Outro dado que preocupou os cientistas foi a incidência da “Vibrio prejudicial”. Antes ela só era encontrada nos mares mais quentes americanos, mas agora tem sido encontrada na Filadélfia, por exemplo.
A previsão é que a bactéria pode chegar a Nova Iorque em menos de 20 anos e dobrar o número de infectados. Existe o risco de toda a costa leste ser infectada com a bactéria em pouco tempo.
Oceano (Reprodução/ Pixabay)
Elizabeth Archer, principal autora deste estudo destaca que não é viável eliminar essas bactérias. “Não podemos simplesmente erradicá-las do ambiente em que ocorrem naturalmente”.
A principal causa das mudanças climáticas é a atividade humana. O aumento da frequência e a potência dos fenômenos climáticos tem sido notados.
Além disso, o clima tem se tornado mais propício a propagação de doenças transmissíveis pelo ar. Até a saúde mental pode ser influenciada pelas mudanças climáticas.
O aquecimento global já é uma realidade. Segundo Thelma Krug, vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, “Caminho para minimizar impactos é com cooperação internacional, transferência de tecnologia, financiamento, capacitação.”.
Thelma ainda completa, “Temos cenários para o futuro que podem levar a algo sustentável e outros em que teremos situações insustentáveis, distribuídas de forma que os mais vulneráveis serão os mais afetados.”. E encerra, “Não estamos no caminho, mas há como estar, num futuro próximo”.
Foto Destaque: Bactéria. Reprodução/ Pixabay