As mudanças climáticas por conta do aquecimento global têm gerado uma série de problemas em diversas áreas por conta das mudanças repentinas de temperatura, sejam para baixo ou para cima. O derretimento de geleiras nos polos, enchentes, as perdas de safras na agricultura, são alguns exemplos. Na Saúde, também já se começa a ter impactos reais.
Doenças que antes se restringiam a locais com clima tropical, hoje já se encontram surtos em locais com temperaturas mais frias, como é o caso da Dengue, Zika e Chicungunha. A contaminação dessas doenças se dá através do mosquito Aedes Aegypti e que com as altas temperaturas, a migração para novos locais tem sido feita.
Surto de dengue na região Sul
Dados referentes ao ano de 2022 do Ministério da Saúde sobre a incidência da dengue no país, mostra que a região Sul do Brasil foi a segunda com mais casos no país.
Os números mostram que o mosquito transmissor tem migrado de áreas tropicais, mais quentes, como Rio de Janeiro, para os estados mais frios, de acordo com que as temperaturas aumentam.
No primeiro semestre de 2023, os três estados da região Sul lideram todas as estatísticas da dengue e zika no país. Contágios e mortes estão em alta nessa região no período referido.
Mosquito da Dengue (Foto: reprodução/Freepik/jcomp)
Europa
No continente europeu também se vê uma mudança em relação a essas doenças e surtos em regiões onde antes não se viam. Na Alemanha, onde o clima é mais frio, em 2022, foram registrados diversos casos da doença.
A dengue também tem sido um preocupante para países europeus, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, os casos têm aumentado ano após ano. Campanhas são feitas para reforçar os cuidados e evitar a proliferação dos mosquitos, como eliminar focos de água parada e usar repelentes.
Vacina para a dengue
No Brasil, já é fornecida no sistema privado a vacina contra a dengue. Ela começou a ser disponibilizada no início de julho para pessoas com idade entre 4 e 60 anos. Ela custa cerca de R$ 500,00 dependendo do estado e é aplicada em duas doses, com intervalo de três meses entre elas, com proteção de até doze meses e eficácia de 80% contra casos graves da doença.
Foto destaque: Cordilheira em chamas. Reprodução/FreePik/Vecsstock