Um novo estudo que analisa os materiais plásticos macios utilizados em alguns tipos de brinquedos sexuais, como os vibradores, por exemplo, destaca a necessidade de examinar mais de perto os compostos utilizados na composição desse tipo de apetrecho, pois podem estar liberando microplásticos no organismo de seus usuários. O estudo foi realizado por especialistas da Duke University, em produtos comercializados nos Estados Unidos.
Motivos para preocupação
A causa da preocupação é de que esses apetrechos são especialmente desenvolvidos para entrar em contato com as membranas mais sensíveis do corpo, presentes nos órgãos genitais de homens e mulheres. Segundo a análise, ao realizar um teste com movimentos abrasivos, esses materiais emitiram microplásticos, e sua composição pode conter substâncias químicas chamadas ftalatos, que são potencialmente tóxicas.
De acordo com o próprio estudo, os ftalatos não se limitam a esse tipo de produto. Essa substância química também existe, por exemplo, em brinquedos infantis de plástico, mas são analisados com rigor e não podem ultrapassar um determinado valor, que é baixíssimo, em sua composição.
Exemplo de microplásticos (Foto: Reprodução/Funverde)
A necessidade de estudos mais profundos
Porém, por mais que o estudo tenha despertado esse alerta, ainda não é possível ter certeza de quais são os efeitos dessa substância química em adultos, ou se o uso doméstico dos aparelhos pode realmente reproduzir o mesmo comportamento de liberar pequenos plásticos no organismo.
Em suma, os estudiosos chamam a atenção para a necessidade de reexaminar os apetrechos sexuais, do ponto de vista dos materiais de composição dos mesmos. Os especialistas dão a sugestão para que haja uma conjunção acertada os entre fabricantes dos apetrechos, os órgãos regulamentadores do governo, os pesquisadores e os usuários deste tipo de produto para que esse segmento tenham estudos mais concretos, e se houver mudanças significativas, elas sejam imediatamente repassadas às autoridades.
Foto Destaque: Apetrechos sexuais. Reprodução/Anna Shvets/Pexels via Claudia