A Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - divulgou uma nota técnica nesta terça-feira (5) orientando que as pessoas que foram infectadas pelo vírus da dengue ou que se vacinaram contra a doença, devem esperar no mínimo 30 dias para doarem sangue. O prazo se expande para 180 no caso dos enfermos que tiveram dengue hemorrágica.
Outras recomendações do relatório
Além do prazo para a doação de sangue, a nota técnica também aconselha que pessoas que tiveram relações sexuais com infectados pela doença nos últimos 30 dias devem esperar mais 30 dias para realizarem alguma doação. A orientação é a mesma para indivíduos vacinados.
A Anvisa divulgou um alerta sobre o risco de transmissão do vírus da dengue por transfusão sanguínea, com uma taxa de transmissão estimada em cerca de 38%. Diante dessa informação, os serviços de hemoterapia devem orientar os doadores sobre os procedimentos a serem adotados em caso de contaminação pós-doação. É fundamental que os doadores informem imediatamente o hemocentro caso apresentem sintomas como febre ou diarreia até 14 dias após a doação, possibilitando a identificação e o acompanhamento dos receptores do material sanguíneo.
Estado de emergência em São Paulo
O COE - Centro de Operações de Emergências - , coordenado pela Secretaria Estadual da Saúde, declarou estado de emergência em São Paulo devido aos altos números de pacientes infectados pela dengue. Em 2024 já foram registrados 138 mil casos e 31 mortes pela zoonose.
"O que muda agora com decreto é que a gente pode ter um pouco mais de agilidade para adquirir insumos, contratar pessoas, aumentar a nossa rede de atenção. E os municípios podem usar o nosso decreto como justificativa para decretar estado de emergência também nos seus municípios", declarou Priscilla Perdicaris, secretária da Saúde em exercício ao G1.
São Paulo já registrou 138 mil casos e 31 mortes por dengue, em 2024 (Foto: reprodução/Milton Rodney Buzon/Getty Images/iStockphoto/Governo SP)
Cuidados com a dengue
Para acabar com criadouros de mosquitos da dengue (Aedes aegypti) deve-se evitar superfícies com água parada, como caixas d'água, piscinas abertas, tampas de garrafa e vasos de planta.
Foto Destaque: Sede da Anvisa (Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil/Veja SP)