Saúde

Anvisa avalia anticoncepcional capaz de reduzir risco de trombose

Anvisa avalia anticoncepcional, a base de estetrol, capaz de reduzir risco de trombose. A nova pílula, aprovada em 2021 em território europeu, é provavelmente mais segura que as feitas antes.

19 Ago 2022 - 09h46 | Atualizado em 19 Ago 2022 - 09h46
Anvisa avalia anticoncepcional capaz de reduzir risco de trombose Lorena Bueri

Uma nova pílula anticoncepcional está em fase de aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e sua fórmula vem com o propósito de reduzir o risco de trombose e de não causar um impacto negativo ao corpo das mulheres. Segundo a “Veja Saúde”, esse novo fármaco já é utilizado, desde 2021, na Europa e a previsão é que ao Brasil entre 2023 e 2024 com o nome de Nextela, conforme informou a fabricante Libbs.

A principal razão por trás de mulheres fumantes ou com predisposição genética correrem o risco de sofrer trombose ao tomar pílulas está ligada ao fato de anticoncepcionais, em determinadas situações, afetarem substâncias anticoagulantes naturais do organismo, como disse a jornalista Fabiana Schiavon em matéria da “Veja Saúde”.  No entanto, a população feminina no geral, a possibilidade de acontecer uma trombose é pequena.


Postagem da "Veja Saúde" no Twitter. (Foto: Reprodução/Twitter @VejaSaude)


O que há de novo no tal medicamento é o fato de este ser feito a base de estetrol, um hormônio integrante do grupo dos estrogênios que nunca havia sido utilizado antes. Além dessa novidade, a pílula também contém drospirenona, do grupo da progesterona.

O chamado estetrol 4 trata-se de um hormônio encontrado no fígado do feto, e que se desloca para o sangue da mulher grávida. O ginecologista César Eduardo Fernandes, diretor científico da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), explica: “Ele foi descoberto nos anos 1960 e era usado para medir a saúde do bebê. Quanto mais estetrol, mais o feto é considerado saudável”

Mais recentemente, após as pesquisas terem sido abandonadas por anos, iniciaram tentativas para produzir um similar sintético desse hormônio e conseguiram chegar a um modelo bioidêntico em laboratório.

A ginecologista Paula Fettback, especialista em reposição hormonal, em São Paulo e no Paraná, avalia que: “Como esse novo tipo de contraceptivo tem um estrogênio bioidêntico ao produzido no fígado, os efeitos colaterais nesse órgão são menores. Com isso, caem o risco de trombose e outras doenças […] Mas é importante observar os efeitos dos novos métodos que vão surgindo no mercado para garantir prescrições seguras e que estejam adequadas às necessidades de cada mulher”

A jornalista Schiavon aponta para o fato de que, apesar de ser algo animador, os médicos indicam que vem de estudos com grupos pequenos. As pesquisas foram publicadas nos Estados Unidos, Canadá, Rússia e também em países da União Europeia, e nesses testes, o novo fármaco apresentou uma baixa interferência na função endócrina do indivíduo, nos índices de glicemia e de coagulação se comparado a efeitos de outros hormônios.  

Paula Fettback conta que esse medicamento vem, também, sendo utilizado para aliviar os sintoma da menopausa. Além disso, entre os benefícios da reposição estão a prevenção da osteoporose de determinados subtipos de câncer de mama.

Quanto aos efeitos colaterais, os estudos indicam possíveis alterações no humor da pessoa, leves dores de cabeça e incômodos abdominais. A ginecologista explica que “mesmo assim, ele se mostra menos invasivo quando comparado a outras formulações”. César Eduardo Fernandes lembra que “desde o início, elas foram eficazes para impedir a ovulação, mas havia ainda problemas de segurança”

Foi só com o passar do tempo que agências reguladoras pediram por contraceptivos produzidos com menores doses de estrogênio. Fernandes explica que chegaram a uma redução aceitável de casos de trombose, porém afirma que o risco ainda existe e que novas soluções são bem-vindas. 

Foto Destaque: Pílulas anticoncepcionais. Reprodução/Twitter @RevistaISTOE. 

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