A Ansiedade atinge a 68% dos
brasileiros, é o que aponta a pesquisa feita pelo Instituto Cactus com
colaboração da Atlas Intel e divulgada nesta quinta-feira (13). Os
entrevistados relataram que sentem nervosismo e tensão diariamente, e cerda de
55% dos que relataram ter ansiedade nunca procuraram ajuda de um profissional
de saúde.
O estudo intitulado “Panorama da Saúde Mental”
foi realizado entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, ouvindo 3266 pessoas
acima dos 16 anos em todas as regiões brasileiras, com margem de erro de dois
pontos percentuais para menos ou mais, com nível de confiança de 95%.
Alguns dados
A pesquisa mostrou que 26% dos
entrevistados relataram que foram diagnosticados por profissionais com o
transtorno da ansiedade. O estudo separou os diferentes encaminhamentos da
seguinte forma: 55,8% nunca procuraram um médico para conversar sobre o assunto;
18,1% afirmaram que buscaram um profissional, mas que não foram diagnosticados;
15,3% disseram que receberam o diagnóstico de um psiquiatra e 10,7% receberam o
diagnóstico de médicos de outras especialidades.
Outro dado revelado pelo estudo é
que cerca de 65,4% dos homens não procuram ajuda profissional para tratar os
transtornos ligados à ansiedade. Os pesquisadores apontaram que, mesmo os
homens sendo menos afetados do que as mulheres, as convenções sociais ainda
impedem estes de procurarem ajuda profissional.
Homens procuram menos ajuda médica para a ansiedade, aponta estudo (Reprodução/Freepik)
Sintomas recorrentes
Outro questionamento feito pelos
pesquisadores aos entrevistados foi se nas semanas anteriores à pesquisa, se
eles haviam sentido alguma tensão ou nervosismo ligada a ansiedade e o
resultado mostrou que 73% dos voluntários se preocuparam muito com diversos
problemas; 68% estiveram nervosos, ansiosos ou muito tensos; 65% tiveram
dificuldades em relaxar; 58% afirmam que estiveram aborrecidos e chateados
facilmente; 57% se dizem incapazes de controlar a ansiedade.
Os pesquisadores reforçam que com
“os dados coletados, mais da metade dos respondentes tem queixas associadas
à ansiedade”, e que isso reforça a ainda mais a importância em investigar e
estudar a origem desse transtorno, promovendo práticas para prevenção e
diagnóstico da doença, indicando o melhor tratamento para o público.
Em resumo, a pesquisa evidencia a alta prevalência da ansiedade no Brasil, afetando 68% da população e destacando a resistência de muitos em buscar ajuda profissional, especialmente entre os homens. Esses dados reforçam a necessidade urgente de ações mais eficazes na conscientização, diagnóstico precoce e tratamento adequado dos transtornos de ansiedade. Entre as opções para buscar auxílio, além de consultas presenciais com profissionais de saúde mental, plataformas online que oferecem atendimento psicológico, como as de psicólogos virtuais, tornam-se alternativas acessíveis e convenientes, facilitando o acesso ao tratamento e promovendo o bem-estar emocional.
Foto Destaque: Mulheres sofrem
mais com ansiedade do que os homens, aponta estudo (Reprodução/Freepik)