Saúde

Anomalia rara: médicos encontram feto vivendo no crânio de outro bebê

Médicos esperavam que fosse um tumor, mas o feto parasita tinha membros formados; caso foi descrito na revista científica American Journal of Case Reports em 21 de junho de 2024

27 Jun 2024 - 19h20 | Atualizado em 27 Jun 2024 - 19h20
Anomalia rara: médicos encontram feto vivendo no crânio de outro bebê Lorena Bueri

Uma criança chinesa de 1 ano foi hospitalizada pelo aumento da área cefálica, o que comprometia seu desenvolvimento natural. A condição que poderia ser um tumor revelou-se um problema incomum: um feto parasitário intracraniano em um bebê vivo. O caso foi descrito pela revista científica American Journal of Case Reports e o feto retirado do crânio da menina tinha 18 centímetros e foi desenvolvido um braço, olho e cabelos.

Antecedentes

Anomalias na cabeça do bebê foram observadas durante o teste de gravidez de 33 semanas. Entretanto, a ressonância magnética não pôde fornecer informações adicionais devido à obstrução superficial. A menina nasceu de cesárea transcorrida há 37 semanas, com uma cabeça maior que o normal. À medida que crescia, sua coordenação motora e fala não se desenvolviam rapidamente, só sabendo dizer “mamãe”.


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Anormalidade chama-se parasitário e há poucos casos documentados no mundo (Foto: reprodução/Marco VDM/Getty Images Embed)


Os médicos não sabiam exatamente o que se tratava. Supunham ser um teratoma com base na anatomia e na imagem. Havia uma grande massa no hemisfério cerebral, com 18 cm de diâmetro, com bordas lisas e estrutura óssea interna visível na tomografia computadorizada do crânio. Após exame pré-operatório, exames laboratoriais e planejamento cirúrgico, foi realizada craniectomia na FIF (Fetus in fetu), sob anestesia geral.

A única alternativa

FIF, ou feto parasita, é uma malformação rara que ocorre no espaço anatômico localizado atrás da cavidade abdominal denominado peritônio, mas pode ser encontrada em outros locais nacionais, como crânio, na base da coluna vertebral e na boca. Depois que for completamente removido, os problemas podem ser observados na boca, olhos, braços e mãos do paciente.

Caso relatado, a remoção cirúrgica era a única opção de tratamento e o prognóstico não era animador. O paciente perdeu a consciência após a cirurgia e a equipe médica teve dificuldade em controlar seu microscópio. Ela faleceu 12 dias após a cirurgia.


Foto Destaque: Ressonância do crânio da criança (Reprodução/Divulgação/American Journal of Case Reports)

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