A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu o teste para diagnóstico da varíola dos macacos no rol de procedimentos cobertos por planos de saúde privados. Tal medida consta em nova resolução normativa aprovada na segunda-feira (19).
Endêmica em regiões da África, a varíola dos macacos (também chamada de monkeypox) tornou-se preocupação sanitária por causa de sua disseminação em diversas nações.
No Brasil, por exemplo, os casos da comorbidade chegam a 7.019 e as mortes pela mesma são duas. Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (20) pelo Ministério da Saúde.
Qualquer pessoa pode ser infectada pela Varíola dos Macacos.
— Ministério da Saúde (@minsaude) September 19, 2022
Acesse https://t.co/du6Ux2mcbF e fique bem com a informação certa. pic.twitter.com/RShCW1DqXX
Post sobre os sintomas da varíola dos macacos. (Reprodução/Twitter @minsaude)
De acordo com informações da CNN Brasil, os planos terão que cobrir os testes dos beneficiários acompanhados de indicação médica. O citado site explica que o exame é feito a partir de amostras de fluidos coletados das lesões presentes na pele. Tais análises poderão permitir a detecção do vírus causador da doença.
Inclusive, a ANS divulgou uma nota explicando que a incorporação do teste integra o processo dinâmico de revisão do rol (no ano de 2022, foi modificado 12 vezes) garantindo uma cobertura obrigatória de 11 procedimentos e 20 medicamentos. Em 2021, alterações no processo de atualização foram aprovadas (até então, a lista só era renovada a cada dois anos).
Por causa dessa mudança, a área técnica da ANS (responsável por avaliar diversos critérios como os benefícios clínicos comprovados) passou a analisar de forma contínua as propostas.
Na nota divulgada pela ANS, é exposto o porquê da decisão: “A inclusão do exame complementar na lista de coberturas obrigatórias foi feita de forma extraordinária, diante do cenário da doença que, atualmente, põe o Brasil entre os seis países com o maior número de casos confirmados em todo o mundo”.
Para quem não sabe, existem duas cepas da varíola dos macacos, sendo que uma é mais letal (taxa de letalidade até 10%) e é endêmica na Bacia do Congo, e a outra (com taxa de 1% a 3%) que é normal na África Ocidental e está sendo encontrada, no surto de 2022, em outros países.
Essa última, conforme a CNN Brasil, geralmente é responsável por causar quadros clínicos leves e é provocada pelo chamado poxvírus do subgrupo orthopoxvírus, bem como a varíola humana, já erradicada no território brasileiro em 1980.
Quanto à proliferação do vírus, sua transmissão acontece por contato direto (por exemplo, beijos e abraços) ou através de feridas infecciosas ou secreções respiratórias. O veículo de comunicação evidencia que o tempo de incubação do vírus pode variar de 5 a 21 dias. No caso dos sintomas, o que é normal é a presença de erupções e nódulos dolorosos na pele do paciente e, além disso, pode haver febre, calafrios, fraqueza, dores de cabeça e musculares.
Foto Destaque: ANS decide que planos de saúde devem cobrir teste de monkeypox. Reprodução/Twitter @tribunadonorte.