Há dois anos o Ministério da Saúde incluiu na atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) a medicina integrativa. A técnica inclui 29 práticas, entre elas apiterapia, aromaterapia, bioenergética, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais. No entanto, seus benefícios ainda são pouco conhecidos.
A empresário do ramo da medicina chinesa e ex-vice coordenadora do Grupo de Trabalho de Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa do Conselho Regional de Farmácia (CRF), Viviane Bergamo explica que o método é usado no auxílio de tratamentos já existentes. No entanto, também é bastante eficiente na prevenção de doenças.
"Quando a gente fala sobre saúde, estamos acostumados a tratar doenças. Ainda não temos a cultura de cuidar da saúde. O objetivo da medicina integrativa é trazer mais consciência, qualidade de vida, para que as pessoas fiquem mais fortes e consequentemente mais saudáveis. Temos que entender que as doenças podem ser evitadas", enfatizou.
A especialista explica também que o benefício também é econômico.
Viviane Bergamo (Foto: Reprodução/Divulgação)
"A conta é simples: menos pessoas doentes, menos complexidade das patologias e menos administração de medicamentos. Medicamentos estes que podem se tornar de uso crônico e para o longo da vida. Menos internações, ou seja, menos custos para a saúde pública", afirmou.
Entretanto, além da falta de conhecimento sobre o assunto, existe outro desafio para que se torne mais popular: a questão legal. Para Bergamo, o fato de integrar diversas especialidades faz com que diversos órgãos estejam envolvidos, cada um com suas legislações próprias. O que, para ela, dificulta a modernização da legislação de saúde do país.
Sobre a especialista
Viviane Bergamo é diretora presidente e farmacêutica responsável da Fitofórmula Indústria e Laboratório e diretora do Centro de Estudos de Medicina Tradicional Chinesa (Cefimed). Desde 2017 participa da coordenação do Grupo de Trabalho de Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa do Conselho Regional de Farmácia (CRF).
Foto destaque: Viviane Bergamo. Reprodução/Divulgação