De 904 presos nos atos antidemocráticos no dia 8 de janeiro, que passaram por triagem, 64 se recusaram a receber imunizantes contra a Covid-19, de acordo com Relatório da equipe médica do Complexo Penitenciário da Papuda. Do total, 134 receberam doses de vacinas em atraso.
O documento foi assinado pela Gerência de Serviços de Atenção Primária no complexo prisional em 11 de janeiro, mas só foi divulgado pela juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais, na terça-feira (17).
As informações constam em memorando interno da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). O documento possui detalhes das triagens dos presos entre 9 e 13 de janeiro, mas não indica quais vacinas foram aplicadas nesses detentos.
"Entre 09/01/2023 e a presente data, especificamente quanto aos bondes extras, foram acolhidos e triados 904 (novecentos e quatro) internos, destes 134 foram vacinados", afirma o documento.
64 presos golpistas recusaram vacina contra a Covid-19 durante triagem
(Foto: Reprodução/Arthur Menescal/Especial Metrópoles)
O documento mostra que dezenove pessoas recusaram a vacina contra Hepatite B, mais 19 contra o Tétano e outros 19 não quiseram se imunizar contra a Tríplice Viral. Mais duas pessoas recusaram a imunização contra Pneumonia 23. O documento não cita sobre o esquema vacinal dos outros 706 detentos.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) informou que, depois dos casos de terrorismos, 1.382 foram presas. Ao ingressarem no sistema prisional do Distrito Federal, todos os internos são obrigados a passar por triagem e testagem para detecção de doenças como hepatites B e C, aids, sífilis e Covid-19. Ainda segundo a secretaria, os presos não são obrigados a tomar vacina.
"É oferecida ao custodiado a possibilidade de se imunizar, sendo ofertada, dentre outras, a vacinação contra o coronavírus, sendo facultado o recebimento."
O atendimento médico dos detidos é garantido por profissionais da Secretaria de Estado e Saúde do DF.
Foto destaque: 64 presos golpistas recusaram vacina contra a Covid-19 durante triagem/Reprodução/Redes Sociais/Estado de Minas