O apresentador Pedro Bial, conversou com Otaviano Costa na última quinta-feira (12), às vésperas do lançamento de seu mais novo livro, que fala sobre os 70 anos da televisão. Na ocasião, Bial relembrou seus dias à frente do reality Big Brother Brasil e falou um pouco sobre o fenômeno que o programa se tornou pelo país inteiro.
“O primeiro Big Brother era uma descoberta para todos, nós não conhecíamos o formato, fomos aprendendo na feitura, na apresentação, direção e edição. Os participantes também não faziam ideia de como jogar, o que estava indo ao ar e o público também não conhecia, tinham tido uma amostra com o fenômeno da casa dos artistas, mas não tinham a excelência de realização que foi o BBB, então foi um mergulho desconhecido”, contou ele ao ser questionado por Klebber Bambam, vencedor da primeira edição.
Ao ser questionado, Bial também revelou qual foi sua edição favorita do programa até hoje e explicou: “Teria que dizer mais de uma. No 5, com Jean Willys e Grazi Massafera, eu me dei conta que estávamos vivendo um fenômeno da história da televisão, era que nem uma final de Copa do Mundo. As ruas ficaram vazias em dia de prova do líder, de paredão. Depois digamos que o 7 também foi extraordinário. Mas a edição que eu vivi e que foi mais assustadora, eu diria, foi o 10, com Marcelo Dourado”. Bial revelou que nessa edição, foi a primeira vez que a internet entrou com tudo, com uma linguagem muito agressiva. Além de contar que o grupo de participantes era extraordinário, todos muito ricos, e afirmando aquilo foi uma grande aventura existencial.
Bial trabalhou anos como apresentador do BBB e hoje possui seu próprio programa.(Foto:Reprodução/Fábio Rocha/Globo)
Não podendo deixar passar despercebido, o apresentador falou ainda sobre o sucesso do BBB 20, que acabou tendo início quando tudo ainda parecia normal, e terminou em meio a pandemia do novo coronavírus. “Entrou para a história, foi incrível. Fizeram uma edição extraordinária e que ganhou esse sentido inesperado, porque as pessoas estavam confinadas vendo o confinamento de pessoas que não sabiam que o mundo estava confinado como elas. E a partir do momento que eles foram informados, ainda criou aquela estranheza, imaginação”.
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Reconhecido por sua inteligência e por sempre usar as melhores palavras em seus discursos, sabendo a hora certa de usá-las e como usá-las, ele ainda revelou quais seriam seus possíveis entrevistados dos sonhos para seu programa na rede Globo, Conversa com Bial: “Com certeza nossos dois reis, Pelé e Roberto Carlos”.
Sobre os desafios enfrentados durante o período de confinamento que a pandemia exige, Bial foi sincero: “Eu não tenho do o que me queixar, me considero privilegiado. Eu tenho 62 anos e tenho duas filhas, sou um pai-avô, elas poderiam ser minhas netas, uma tem 3 anos e a outra vai fazer 1. Quando que poderia ter uma relação íntima, constante, 24 horas por dia com elas de outra maneira?”. O apresentador ainda revelou, se referindo ao crescimento das pequenas, que está tendo a oportunidade de ficar assistindo em tempo real o maior espetáculo da terra, que é o desenvolvimento de uma pessoa, uma criança aprendendo a andar e falar.
(Foto destaque:Pedro Bial.Reprodução/Fábio Rocha/Tv Globo)