Nos últimos anos, alguns formatos de reality show vem chamando a atenção do público e o principal é a gastronomia. Esse formato vem ganhando força aqui no Brasil e virando sucesso na televisão. Qual "tempero" usado para deixar os brasileiros obcecados por este tipo de atração?
O portal "Casa e Jardim" conversou com Eduardo Gaspar, VP do Departamento de Criação da Endemol Shine Brasil. Segundo o profissional, o apego afetivo é bem interligado entre os telespectadores e as histórias dos participantes, não só dos ingredientes nacionais, como muitos pensam.
Eduardo Gaspar é formado em Rádio e TV pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), e contou um pouco sobre sua trajetória profissional, sobre os bastidores de realities shows, algumas curiosidades e sobre a influência que programas gastronômicos têm no mercado audiovisual e também no seu público.
Eduardo Gaspsr, VP do Departamento de Criação da Endemol. (Foto: Reprodução/Instagram)
Eduardo conta que está no mercado há quase 20 anos. Seu primeiro contato com a mídia foi na RedeTV, onde teve oportunidade de ser estagiário. Lá ele trabalhou com Olga Bongiovanni. Após isso, ele entrou na Endemol, na época que foi produzida a primeira temporada do "Masterchef Júnior". Gaspar com diversos títulos famosos, tais como: "Batalha dos Confeiteiros", "Rolling Kitchen" apresentado pelo humorista Paulo Vieira.
Ao ser questionado se o Masterchef foi responsável por aumentar o interesse do público pelos realities culinários, Eduardo afirmou que o Brasil é um consumidor de programas de culinária e citou apresentadoras como: Ana Maria Braga, Palmirinha, Edu Guedes e outras personalidades da área. O funcionário da Endemol disse que o Reality gastronômico da Rede Bandeirantes foi uma como virar um bife na frigideira, no sentido do público ter outra visão da atração, não só ensinar receitas. Ele ainda usa game de cozinha como "categoria", usando exemplos que o pessoal de casa procura fazer da mesma forma que vê na televisão. Na primeira edição do "MasterChef Júnior", a produção ligou para diversas escolas gastronômicas para procurar alunos que pudessem e quisessem participar do desafio, após isso, as mesmas instituições agradeciam a eles, pois depois da primeira fase, a procura para os cursos aumentaram drasticamente
Eduardo falou um pouco sobre os bastidores dos programas de culinária, ele fala que não é algo mecanizado ou padrão para todos os episódios, cada dia tem sua particularidade. O que é muito importante são os depoimentos dos competidores, nisso ficam diversos produtores espalhados pelos cenários, pegando os principais pontos que ocorrem durantes as provas e depois sentar com os participantes para poder contar novamente o que aconteceu. Outro fato curioso que Gaspar diz é que tem pessoas específicas que fazem as escolhas dos ingredientes que estarão disponíveis para uso. Os alimentos que não são usados e os não perecíveis são doados para instituições pré-selecionadas. A equipe de cenotécnico ajuda a cozinha funcionar para que nenhum jogador se prejudique nas atividades.
Foto destaque: Henrique Fogaça, Helena Rizzo e Erik Jacquin. Reprodução/Instagram
