Trump lidera desfile militar em Washington no dia do próprio aniversário

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comandou neste sábado (14) um desfile militar em Washington. O evento comemorou os 250 anos das Forças Armadas e coincidiu com o aniversário de 79 anos do presidente.

A cerimônia, porém, foi marcada por um clima tenso. Algumas horas antes, uma congressista estadual democrata foi assassinada a tiros, o que provocou manifestações em diversas cidades pelo país.

Evento reúne milhares e exibe força militar

Aproximadamente 7 mil militares estiveram presentes no desfile, alguns a cavalo e outros em trajes históricos que remetiam a diferentes períodos das Forças Armadas. Também foram exibidos 150 veículos blindados, incluindo tanques modernos e viaturas de transporte, e cerca de 50 aeronaves sobrevoaram a capital, atraindo olhares da multidão. O percurso passou por monumentos históricos, como o Lincoln Memorial, e terminou próximo à Casa Branca. No final do evento, paraquedistas fizeram a entrega simbólica da bandeira ao presidente, sob aplausos. O Exército preparou cuidadosamente a infraestrutura para evitar danos às ruas, instalando placas de aço e almofadas de borracha nos trilhos dos tanques. O custo estimado de todo o evento ultrapassou US$ 45 milhões, gerando debates sobre gastos públicos.

Protestos contra Trump crescem (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Protestos nacionais e críticas ao presidente

O desfile aconteceu em meio a um clima tenso, com manifestações em mais de 1.500 cidades. Sob o lema “Sem Reis”, os manifestantes acusaram Trump, entre outras coisas, de autoritário e de transformar a celebração em um show de interesse pessoal. Eles também criticaram sua política que, segundo eles, favorece bilionários e militariza a democracia.

Trump avisou que responderia com “grande força” a qualquer tentativa de interrupção do desfile. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, fez comparação do desfile a eventos de regimes autoritários, como os da Rússia e Coreia do Norte. “Isso não combina com democracia”, afirmou o governador. Apesar da polêmica, apoiadores lotaram as ruas de Washington para acompanhar a cerimônia.

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