Trilhas no Monte Rinjani registram 8 mortes em 5 anos
Monte Rinjani acumula 8 mortes e 180 acidentes em cinco anos. Tragédia com Juliana Marins reforça alerta sobre riscos e falta de segurança nas trilhas

Trilhas do Monte Rinjani, na Indonésia, registraram oito mortes e cerca de 180 acidentes desde 2020, segundo dados oficiais divulgados pelo governo local. A tragédia mais recente envolveu a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, encontrada morta após passar quatro dias presa em uma encosta acidentada da trilha.
O caso reacendeu o debate sobre os riscos dessa rota e a necessidade urgente de reforçar as medidas de segurança no local.
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Voluntários que salva-vidas no vulcão (Vídeo: reprodução/Instagram/@unitsar_lomboktimur)
Segundo os registros, ocorreram 21 incidentes em 2020, seguidos por 33 em 2021, 31 em 2022, 35 em 2023 e um salto para 60 acidentes em 2024, mais que o dobro do ano anterior. As mortes variaram: duas em 2020, uma em 2021, uma em 2022, três em 2023 e uma em 2024. A comoção com a tragédia de Juliana Marins mobilizou familiares, amigos e turistas que frequentam a região.
Terreno traiçoeiro exige atenção
O Monte Rinjani, com 3.726 m de altura, possui terreno íngreme, trilhas estreitas e clima instável, frequentemente coberto por neblina e pedras escorregadias — fatores que dificultam o resgate e aumentam o risco para alpinistas. Apesar de muito procurado por turistas e aventureiros, o trajeto exige preparo físico, equipamentos adequados e atenção redobrada, principalmente em períodos de alta temporada.
Em resposta ao aumento dos acidentes, o governo indonésio propôs um Procedimento Operacional Padrão (POP) para busca, resgate, evacuação e sinalização das trilhas. Especialistas reforçam que muitos visitantes ignoram recomendações básicas, desrespeitam as rotas oficiais e se arriscam em áreas restritas, o que agrava os riscos.
Casos trágicos recentes
Diversas histórias reforçam os alertas:
- Em 2022, um turista português caiu de 150 m ao tentar tirar uma selfie;
- Em 2024, a suíça Melanie Bohner morreu ao escalar rota não oficial;
- Em 2024, um malaio de 57 anos caiu de 80 m após recusar ajuda.
Os casos mostram que falhas de segurança e erros humanos continuam colocando vidas em risco no Monte Rinjani.