Alexandre de Moraes determina vigilância permanente na residência de Bolsonaro
Ministro do STF determina reforço policial na casa de Bolsonaro por possível risco de fuga com monitoramento contínuo e restrições durante prisão domiciliar

Na terça-feira, 26 de agosto de 2025, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, atendeu a um pedido da Polícia Federal e acatou a recomendação da Procuradoria-Geral da República, determinando o aumento do policiamento ostensivo na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A decisão estabelece que a Polícia Penal do Distrito Federal deve monitorar continuamente a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro e manter uma equipe dedicada ao acompanhamento em tempo real do réu, porém com discrição, sem expor o domicílio ou incomodar a vizinhança.
Motivação e medidas complementares
A ação é uma resposta a um ofício da PF, assinado pelo diretor-geral Andrei Rodrigues, que alertou sobre o risco de fuga do ex-presidente Bolsonaro, para possivelmente ir em direção à Embaixada dos Estados Unidos, localizada a cerca de dez minutos de sua residência, com o objetivo de pedir asilo político. O documento ressaltou que essa manobra poderia impedir a execução de possíveis mandados judiciais.
Determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Ao avaliar o pedido, a Procuradoria-Geral da República (PGR) endossou a ação e sugeriu que o reforço fosse realizado de maneira discreta, assegurando a privacidade da residência e prevenindo situação que possa vir afetar o sossego dos demais ao redor do endereço do réu.
Controles restritivos e contexto judicial
Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica desde 4 de agosto de 2025, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes. A medida abrange restrições como a proibição de contato com outros investigados, limitações nas visitas de familiares e advogados autorizados, além da proibição do uso de redes sociais.
Esclarecimentos sobre a prisão de Jair Bolsonaro (vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
O reforço policial decidido pelo STF intensifica essas medidas cautelares em resposta a indícios de possível fuga, apontados pela Polícia Federal. A ação visa assegurar que Bolsonaro continue sendo monitorado até o julgamento previsto para setembro, no caso que investiga sua alegada envolvimento na suposta tentativa de golpe contra a democracia.