Jair Bolsonaro: A rotina do ex-presidente em dois meses de prisão domiciliar
Completando dois meses de prisão domiciliar no último sábado (4), o ex-presidente recebe visitas de aliados políticos, consultas médicas e momentos de lazer

Desde que foi condenado a cumprir prisão domiciliar, por descumprir medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro têm momentos onde recebe aliados para discutir sobre política e até momentos de lazer, quando assiste jogos de futebol, pela televisão.
Nesses dois meses, o ex-presidente já recebeu diversas visitas, como o Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo. Além disso, também teve encontros para alinhar pensamentos sobre as eleições de 2026 e definir os possíveis candidatos para representar a direita.
As reuniões para tratar sobre política
Bolsonaro ainda reforça, através de recados, a anistia de todos os presos pelo ataque de 8 de janeiro de 2023, onde só aceita que o perdão seja para todos, sem nenhuma negociação diferente.
Nas reuniões, são comentados os novos rumos dos familiares do ex-presidente. O filho Eduardo Bolsonaro, que hoje é Deputado Federal por São Paulo, deve concorrer à vaga por uma cadeira no Senado; a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também deve concorrer por uma vaga no Senado, mas pelo Distrito Federal. Tarcísio de Freitas é o nome mais cotado para ser o grande representante da direita na disputa da presidência do Brasil.
Tarcísio de Freitas visita Jair Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)
A saúde de Jair Bolsonaro
Há uma grande preocupação sobre a saúde do ex-presidente, que recebe constantemente cuidados médicos. Bolsonaro já chegou a ficar dois dias internado, para a realização de uma bateria de exames, por conta de crises de soluço e refluxo.
O ex-presidente tem dificuldade para manter longas conversas, afirmam pessoas que o visitaram. Michelle controla a rotina do marido, cuidando dos horários dos medicamentos e controlando também o horário de entrada e saída de visita.
O receio de Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão, em regime fechado, pela tentativa de golpe de Estado, é que seja transferido para o Complexo da Papuda. A defesa do ex-presidente usa a saúde dele como argumento para que mude para o regime domiciliar.