Na noite de sexta-feira (8), o Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) decidiu que um dos investigados por garimpo ilegal, Matheus Possebon, poderia ser concedido ao habeas corpus. O empresário solto pela justiça trabalha com o cantor Alexandre Pires.
Prisão em ação da PF
A Polícia Federal de Santos, no litoral de São Paulo, prendeu Matheus Possebon preventivamente depois do empresário desembarcar do cruzeiro de Alexandre Pires. Agora liberto, o empresário deverá seguir algumas regras impostas pela justiça, como a presença periódica em juízo para informar e justificar suas atividades e também estar presente a todos os atos do processo.
De mesmo modo, Matheus Possebon deve comunicar à justiça caso altere o seu endereço. Se o empresário venha a descumprir as normas, ele poderá ser preso preventivamente de novo.
Segundo a polícia, além dele, outros empresários e garimpeiros estão presentes em investigações da polícia por suspeita de movimentação de dinheiro em transações de minérios extraídos ilegalmente na Terra Indígena Yanomami.
O minério possivelmente extraído, que se chama cassiterita, é utilizado para produzir fungicida, tintas e plásticos. A partir disso, são fabricadas ligas para serem usadas na produção de latas de alimentos, vidros, acabamento de carros e até mesmo presentes em tela dos celulares.
Investigação da polícia
A Polícia Federal continua investigando sobre o garimpo ilegal na operação Disco de Ouro. No dia 4 de dezembro, os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão, em que foram aprisionados mais de R$130 milhões.
Também foram cumpridos dois mandados de prisão. As ações ocorreram nas cidades de Boa Vista e Mucajaí – em Roraima, São Paulo e Santos, Santarém – no Pará, Uberlândia, e Itapema – em Santa Catarina.
Sobre a investigação, a desembargadora do caso, Maria do Carmo Cardoso, afirmou que há “diversas situações fáticas que ainda merecem esclarecimentos“.
Mesmo com um conjunto de informações que ajudaram na prisão de Matheus Possebon, a desembargadora apontou fragilidades na comprovação da periculosidade dos suspeitos e na contínua repetição dos crimes investigados.
Foto destaque: empresário investigado por garimpo ilegal Matheus Possebon. Reprodução/Flickr
