Preta Gil transforma dor em arte e constrói legado além da música

Preta Gil morre aos 50 anos após luta contra o câncer e deixa legado de coragem, autenticidade e impacto na música e nos negócios

21 jul, 2025
Preta Gil em uma de suas últimas aparições na televisão no Domingão com Huck | Reprodução/Instagram/@pretagil
Preta Gil em uma de suas últimas aparições na televisão no Domingão com Huck | Reprodução/Instagram/@pretagil

A cantora e empresária Preta Gil faleceu aos 50 anos neste domingo (20), nos Estados Unidos, após lutar contra um câncer no intestino. Filha de Gilberto Gil e uma das vozes mais marcantes da música popular brasileira, ela deixa uma trajetória construída com irreverência, resiliência e visão de futuro. Muito além de seu sobrenome, Preta se destacou por abrir caminhos no showbusiness, reinventar sua arte e lutar por espaço sempre com coragem.

Dos palcos à televisão: uma carreira múltipla e autêntica

Preta lançou seu primeiro álbum aos 29 anos, renunciando a uma carreira como produtora e publicitária. O disco Prêt-à-Porter, lançado em 2003, revelou seu hit “Sinais de Fogo” e causou polêmica por trazer a cantora nua na capa. Com autenticidade, ela encarou o conservadorismo e se firmou como símbolo de liberdade.

Nos anos seguintes, construiu uma discografia que mistura MPB, pop, funk, pagode e samba, reflexo de seu ecletismo. Turnês como Noite Preta e o projeto Baile da Preta mostraram sua força ao vivo, arrastando multidões e ocupando com protagonismo os espaços mais disputados do carnaval carioca. Em paralelo, estreou como apresentadora de TV com o programa Vai e Vem, e também participou de novelas e séries.


 

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Preta Gil celebra o lançamento de “Tudo vai passar” reforçando sua fé e coragem (Vídeo: Reprodução/Instagram/@pretagil)

Empreendedora e símbolo de resistência

Preta também se destacou como empresária e mentora. Foi sócia da agência Mynd, responsável por cuidar da imagem de grandes artistas e influenciadores, como Pabllo Vittar e Luísa Sonza. Investiu em diversidade, visibilidade LGBTQIAPN+ e na democratização do entretenimento, criando uma rede de apoio e impacto no mercado cultural.

Mesmo diante do diagnóstico de câncer, seguiu ativa, gravou canções como “Meu Xodó” com o filho Fran e lançou o álbum “Todas as Cores” com parcerias que traduzem sua essência colaborativa e afetiva. Suas últimas aparições públicas foram marcadas por depoimentos emocionantes, lives comoventes e a força com que enfrentou a doença.

Com uma trajetória que atravessa música, televisão, ativismo e negócios, Preta Gil deixa um legado vibrante de quem nunca teve medo de ser quem é.

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