Alok realiza show inédito no Brasil com a Áurea Tour, unindo tecnologia e sustentabilidade
Com três horas de duração, a apresentação em São Paulo conteve convidados especiais, conscientização de ações ambientais e tecnologia

No sábado, dia 28 de junho, Alok apresentou um show inédito no Brasil, na Arena Mercado Livre Pacaembu, em São Paulo. O evento teve duração de três horas e contou com um espetáculo de drones, além de uma seleção especial de remixes das músicas do DJ e de outros artistas.
“A gente já fez esse show no Coachella, nos Estados Unidos, e foi um sucesso. A ideia de trazer o projeto para o Brasil surgiu da necessidade de treinar os bailarinos e aqui temos espaço para isso. Estamos também treinando uma base na Itália e em outros países, mas é um processo demorado”, explicou Alok sobre o projeto com drones.
Alok também comentou sobre o impacto da inteligência artificial nas expressões artísticas: “A arte sempre foi uma forma de a gente se expressar, e, a partir do momento em que a IA começa a ocupar esses espaços, isso se torna um problema.”
Dançarinos brasileiros e tecnologia marcam performance especial
Na coletiva, minutos antes de começar o espetáculo na capital paulistana, foi revelado que os 50 dançarinos brasileiros selecionados foram treinados pelos coreógrafos do Urban Theory para compor a performance do painel interativo humano assistido pelo público que estava presente no Pacaembú.
Especialista na técnica do “tutting” (movimentos construídos em torno de linhas e ângulo retos com os braços, mãos e dedos sendo usados para criar formas geométricas), o Urban Theory promoveu intensos ensaios com os dançarinos locais que fizeram um dos momentos altos do show: quando a criatividade humana encontra a tecnologia para reforçar a mensagem “KEEP ART HUMAN” (“Mantenha a Arte Humana”).
Alok afirmou que a necessidade de se expressar artisticamente foi determinante para que o projeto saísse do papel. O DJ destacou ainda que a infraestrutura utilizada no Brasil será diferente da aplicada em outros países. “Não se trata apenas de incluir os povos originários no projeto, mas de promover conscientização. No futuro, meus filhos serão herdeiros do planeta Terra, e essa conscientização precisa acontecer.”
Bailarinos da Aurea Tour fazendo movimentos sintonizados em show (Foto: Reprodução/Felipe Miranda)
Outro momento bastante elogiado pelo público foi a quebra do recorde latino-americano no número de drones utilizados em shows: 600. Outro investimento que contribuiu para a experiência imersiva foi o uso de 4 mil placas de LED.
“Precisamos estar conectados neste momento de transformação e entender que, sim, a tecnologia nos beneficia de muitas formas, mas também de que os humanos não podem ser substituídos, que há coisas que precisam de alma humana. Em um mundo cada vez mais automatizado, a criatividade ainda pertence às mãos, corações e almas humanas”, resume Alok sobre o primeiro show desta turnê em um estádio de futebol.
“Minha tour traz uma mensagem de urgência planetária para a preservação e recuperação de florestas nativas, unindo conhecimentos tradicionais de plantio e também a utilização de drones tão presentes em meus shows para monitoramento da evolução dos plantios e também para semeadura. Não há nada mais ‘tecnológico’ do que as árvores, do que a sabedoria da natureza, e plantar é cuidar da nossa casa. Quero contribuir para a restauração de biomas por onde eu levar minha música e convidei as marcas que me patrocinam a estarmos juntos nesta missão que é de todos”, diz Alok.
Além dos artistas indígenas, Alok convidou Gilberto Gil e Zeeba
Para reforçar a mensagem intergeracional, Alok convidou ninguém menos que Gilberto Gil, por reconhecê-lo como um artista que sempre dialoga com a nova geração. Durante o show, Gil aprendeu técnicas de mixagem ao lado de Alok. A parceria resultou em releituras eletrônicas de clássicos como “Tempo Rei”, “Maracatu Atômico”, “Palco” e “Toda Menina Baiana”.
Gilberto Gil em participação no Aurea Tour (Foto: Reprodução/Felipe Miranda)
Participação indígena e mensagem de sustentabilidade
Os artistas indígenas Mapu Huni Kuin, Owerá e Bro’s Mcs integraram o espetáculo em um dos blocos mais intimistas que reafirma o compromisso da AUREA Tour com a sustentabilidade do planeta. Em São Paulo, duas áreas da Mata Atlântica serão restauradas em um total de quase 12 hectares (120 mil metros quadrados), equivalente a 12 campos de futebol como o da Arena Pacaembú.
A ação foi executada com o uso de drones e teve o suporte da SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Alok e apoio de Banco do Brasil, Estrella Galícia, Vivo e WAAW by Alok. As regiões atendidas serão da bacia hidrográfica do médio Tietê, no interior do estado de São Paulo, nos municípios de Anhembi e Barra Bonita. Outro território será na região da Unidade de Conservação Estação Ecológica do Barreiro Rico. O projeto batizado de Floresta Aurea se dará em outras localidades por onde a turnê acontecer.