Música

Luísa Sonza lança "Escândalo Íntimo" com mistura de ritmos e idiomas

O álbum visual da cantora contará as fases de um relacionamento e mergulhará no seu subconsciente; Sonza revelou detalhes do disco em coletiva de imprensa da última quinta-feira (24).

29 Ago 2023 - 21h00 | Atualizado em 29 Ago 2023 - 21h00
Luísa Sonza lança 'Escândalo Íntimo' com mistura de ritmos e idiomas  Lorena Bueri

Nesta terça-feira (29), a cantora Luísa Sonza liberou o seu terceiro álbum. “Escândalo Íntimo” possui 24 canções – sendo 4 bloqueadas – com participações especiais, outros idiomas e uma mistura de ritmos. Em coletiva de imprensa da última quinta-feira (24), Luísa revelou detalhes do terceiro disco - desde os feats, até o significado das músicas - e comentou sobre a abertura da nova era no The Town.

O início de uma era, a nova Luísa

Depois de “Doce 22”, a era considerada pela cantora como o melhor momento

Profissional, mas o pior emocionalmente, Luísa Sonza decidiu não se importar mais com que as pessoas iriam falar. A sessão de terapia foi permitida para que a popstar se tornasse “mais segura” e pudesse embarcar uma jornada mais “pessoal” no “Escândalo Íntimo”.

No novo álbum, a cantora adentra o seu subconsciente, mas essa não era a ideia primária do disco. De acordo com Sonza, quando começou a produzir “Escândalo Íntimo”, o plano inicial era abordar as fases de um relacionamento. No entanto, durante a produção, a cantora afirmou ter descoberto que se tratava de um relacionamento com ela mesma.

“Quando eu não estava falando sobre mim, eu estava colocando uma expectativa no outro”, afirma Luísa.

“Escândalo Íntimo” se aprofunda ainda mais no pessoal de Sonza por representar sonhos e pesadelos que a cantora vivenciou em seu subconsciente. De acordo com a popstar, “ todos os sonhos eram como eu reagia, o quanto eu me afetava e o quanto a minha insegurança me deixava infiltrar com as coisas que falavam de mim”.

“Foi muito importante transformar esses sonhos em algo, em arte. Não deixe só dentro do meu subconsciente e tenha que ficar lidando com eles de uma maneira muito caótica” , finaliza Luísa.

Para representar esse subconsciente, Luísa Sonza fez de “Escândalo Íntimo” um álbum visual, feito como um curta-metragem. Os clipes, em que Luísa aparece sozinha em uma fazenda – como uma alusão a sua vida no interior –, são pedaços deste filme e do enredo que a cantora busca contar no disco.

Blocos: fases de um relacionamento

Mesmo após o foco na relação consigo mesma, Luísa decidiu manter as etapas de um relacionamento e dividir as canções do álbum em blocos, que separadamente contam as fases, mas juntas contam uma história.

“Vai se despendo. O álbum inteiro é dividido em blocos, mas vai se despedindo parte por parte, peça por peça. Vai tirando suas amarras um pouco a pouco”, afirma Luísa Sonza.

Bloco A: paixão

A primeira “temporada” do disco se inicia com a faixa “Escândalo íntimo” que, segundo Luísa, remete à imagem de mulher forte, que ela costumava passar em “Doce 22”: “eu quis muito projetar para as pessoas essa coisa da força da braba”.

Luísa ainda contou que fez a tatuagem de aranha no antebraço para constituir essa figura atrelada aos artistas pop.

“Na verdade, foi uma armadura que eu quis criar naquele momento. Eu falei: 'não, agora você é uma artista pop. Você é foda e ninguém vai mais me falar que eu sou isso, que eu sou aquilo, que eu não sou nada, que eu não sou capaz de fazer as coisas.' Então foi muito nesse lugar essa tatuagem. São maneiras desesperadas de vocês se provarem, né?”, explicou Sonza.

No entanto, as críticas não acabam por aí. A canção “Carnificina” fala justamente sobre como o meio musical e a própria sociedade faz uma carnificina dos artistas. Nesta faixa, Luísa até narra sobre precisar de “meter o loco” para aguentar. De acordo com a cantora, o momento da canção em que cita “não é normal, mas alivia”, estaria até se referindo ao medicamento para ansiedade, Rivotril.

“Luísa Manequim” e “Bêbada Favorita” fecham o bloco da paixão. A última música, que está entre as faixas com lançamento posterior a 29/08 e é um feat com Maiara e Maraísa, mistura pop, sertanejo e samba, além de dar o “ tom” para o próximo bloco.

Bloco B: amor

Para a cantora, o bloco B fala sobre começar a se abrir em uma nova relação. “Romance em Cena”, o feat com Marina Sena, e o já lançado “Campo de Morango” iniciam o álbum. Em seguida vem "Surreal", o melhor do álbum para Luísa e que tem a participação do cantor Baco Exu do Blues .

No entanto, a estrela deste bloco é a canção “Chico”, inspirada em Chico Moedas, o namorado de Luísa. Segundo a cantora, essa música fala sobre se entregar a um amor.

“Em 'Chico', ela já se entregou, se mudou para o Rio de Janeiro, faz tudo que ele quiser, vai para o bar da cachaça. Faz tudo” , afirma a popstar.

O bloco amor finaliza com uma briga no relacionamento em “Sagrado Profano”, faixa com participação do trapper Kayblack e travado até o momento. 

De acordo com Luísa, nesta fase da relação, o casal está brigando, mas ainda está junto. Essa situação muda no interlúdio de termo, no qual o artista usou o áudio do fim de uma relação dela.

Bloco C: decepção

Segundo Luísa, o bloco decepção é marcado pelo “caos” e pela “destruição” , pois adentra a fase mais tóxica da relação com ela mesma. Esta etapa se inicia com “La Muerte”, uma música cantada própria em espanhol, que fala sobre um relacionamento encerrado e já “muito destrutivo” .

O destaque desta temporada, contudo, é Penhasco 2, uma continuação da canção “Penhasco” de “Doce 22”. A canção não é apenas uma das mais esperadas pelo público, como é um feat com a cantora americana Demi Lovato. 

Durante a coletiva, Luísa revelou que começou a compor a música, juntamente com as compositoras Carol e Dai, durante uma turbulenta turnê de carnaval. 

“Eu sentia que estava em um período emocional e que precisava fazer isso”, afirma a cantora. 

Descrita como um “triunfo” por Sonza, “Penhasco 2” aborda a dependência emocional e umafase de luto após o término.

“Quando você está em um relacionamento, cria todo um futuro com a pessoa e quando corta isso, você fica sem 'futuro'", explica Luísa.

A cantora ainda destacou que este é um momento que ela mesma vivenciou em um relacionamento. 

Uma curiosidade da popstar é que o desejo dela era dar outro nome a música, mas a própria mania de chamar a canção de “Penhasco 2” e a necessidade de atrelar a ela o mesmo peso de “Penhasco” a impediu. Luísa também revelou que a linhagem de “Penhasco” não irá parar na continuação e que algum dia pode chegar a fazer um álbum completo com canções no mesmo estilo.

"É uma linhagem de música que é muito especial para mim, que eu gosto muito de cantar e que eu gosto muito de ter no meu repertório”, explicou a popstar.


Luísa Sonza fala sobre "Penhasco 2". (Vídeo: Reprodução/Youtube).


Bloco D: superação

Depois de enfrentar todas as fases do relacionamento consigo mesma, desde o amor à dor, Luísa agora terá que “se encarar”. O interlúdio já apresenta uma “pré-crise de ansiedade” por estar em uma nova jornada sozinha, mas a crise se instala verdadeiramente em “Principalmente me sinto arrasada”.

No entanto, segundo a cantora, é neste momento que ela aprende como “se levantar” sozinha e se ajudar.

As canções seguintes, "Ana Maria" – um feat com Duda Beat - e "Lança Menina", homenageiam e fazem referência a apresentadora Ana Maria Braga e a cantora Rita Lee.

Para Luísa Sonza, o bloco finaliza como “se tivesse saído da terapia” e desmentindo a dualidade crua, pois entende que - apesar de tudo que sofreu durante os blocos anteriores - “ela não é tão ruim assim, quanto as pessoas achavam que ela era. Ela não é tudo isso. Não é nem deus, nem o diabo. Nem boa, nem má. Ela é um ser humano como todos nós”.

Assim como outras canções, a faixa final será lançada posteriormente ao álbum, mas, de acordo com a cantora, mostrará que o público não a conhece de verdade.

Inspirações: do rock à bossa nova

A principal inspiração utilizada para produzir “Escândalo Íntimo”, segundo a popstar, é a música brasileira. Por isso, no terceiro albúm, a cantora buscou misturar diversos estilos nacionais, desde o rock, ao sertanejo, samba e a bossa nova.

“Eu queria ter todas essas referências e mixar elas, para se transformarem em algo que não virasse um Frankenstein ou uma coisa esquisita”, explicou Luísa.

Além das referencias nacionais, a cantora se inspirou em artistas como Os Beatles, Enya e outros do rock psicodélico.

Já a parte visual do terceiro disco, por se tratar de um curta-metragem sobre pesadelos, foi inspirada nas produções de terror da A24, como Pearl, Maus Hábitos, Kill Bill, e Midsommar.

A era se inicia no The Town

Neste domingo (03), Luísa Sonza abrirá a era “Escândalo Íntimo” com um show no palco Skyline do The Town. A performance da cantora ocorrerá um dia após o show de Demi Lovato e a expectativa dos fãs é de que as artistas apresentem a parceria “Penhasco 2” juntas no sábado (02) ou no domingo (03). 

Sobre a estreia, durante a coletiva, Luísa afirmou que o show será uma mistura dos seus hits antigos e das canções de “Escândalo Íntimo”.

Diferente do que fez na turnê ‘Doce 22”, a cantora conta que não irá reservar um momento para performar músicas mais lentas. 

“A nossa intenção é fazer assim: tem uma música lenta, mas voltar para uma alta e cair tem uma música nova. A narrativa vai ser mais na intenção mesmo de entreter o público”.

Sobre o cenário do show e o conceito por trás, a cantora irá retomar o questionamento a dualidade, feito durante o quarto bloco.

“A gente vai construir o conceito de céu e inferno dentro desse show”, explica Luísa Sonza.

Entretanto, como referências ao tema, não necessariamente apenas na estrutura. De acordo com Luísa, “todas as narrativas serão construídas a partir do profano e do sagrado, do céu e do inferno, do que é bom e do que é ruim”. Sonza cita até uma coreografia que a mostrará “tentando chegar no céu”.

Aos fãs que compareceram à abertura de “Escândalo íntimo”, a cantora indica que ouve o álbum e afirma que seja uma apresentação eufórica.

Foto destaque: Luísa Sonza na coletiva de imprensa do "Escândalo íntimo". Reprodução/Lupacomunicação.

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