Na última quinta (01), a festeira Kesha deu continuidade ao seu segundo “comeback”, com o lançamento, em seu canal do Youtube, do visualizer de “Happy”, o terceiro liberado do álbum “Gag Order”. O disco feito em parceria com Rick Rubin, estreou em maio deste ano e é marcado por analogias a sua liberdade, após o fim do contrato com o produtor “Dr. Luke”.
“Quero fazer as pessoas se contorcerem um pouco em seus assentos”, revela Kesha ao NME.
Visualizer "Happy" de Kesha. (Vídeo: Reprodução/Youtube)
Kesha, antes com cifrão no lugar do “S”, ficou conhecida em 2009 com o single “Tik Tok”, lançado através da Kemosabe pelo produtor “Dr. Luke”. A gravadora foi responsável pelos primeiros dois álbuns de Kesha, até que 2014, a cantora entrou com uma ação contra o produtor, alegando que ele a abusou sexualmente, fisicamente e emocionalmente por mais de 10 anos.
Clipe de "Tik Tok" de Kesha. (Vídeo: Reprodução/Youtube)
Hoje, 9 anos depois do primeiro processo, Kesha utiliza-se não somente da canção “Happy”, como do álbum “Gag Order” para fazer alusão a sua luta pública por justiça e libertação.
“Fazer este álbum permitiu que eu voltasse a me apaixonar pela música, e é absolutamente mais vital do que nunca para mim”, disse a cantora ao NME.
No último visualizer publicado, é possível encontrar algumas das analogias citadas, como na cena em que Kesha consegue escapar do plástico que cobria seus rostos, ou seja, sufocava e silenciava. Além deste, observa-se referencias na própria letra da música, pois nesta a cantora fala sobre como não estava pronta para as situações que enfrentou, como lembra de não saber que “qualquer um poderia ser mal” e como gostaria de mudar tudo que lhe ocorrerá, apesar de afirmar não poder e preferir “rir para não chorar”.
Ainda sobre o álbum “pós pós”, como rotulado por Rick Rubin
Em entrevista ao NME, a cantora afirmou que o “Gag Order” veio com intuito de mostrar as pessoas os sentimentos e emoções, que ela achava desinteressante aos olhos do público, por ser vista como “a garota que escreveu Tik Tok”: “Quer saber, não, estou na casa dos 30 anos, vou viver muitos, muitos anos, então não quero me tornar uma paródia de quem eu já fui”.
Foto destaque: Kesha em visualizer de "Gag Order". Reprodução/Instagram.