Cientistas se juntam para encontrar pelo menos 100 mil espécies de vida marinha nos próximos 10 anos

O projeto é chamado, em tradução livre, de Censo dos Oceanos. Tal iniciativa é uma grande força-tarefa para descobrir novas espécies antes que a pesca excessiva e o aquecimento global levem populações inteiras à extinção

28 abr, 2023

Uma iniciativa foi lançada por uma aliança internacional de cientistas com o objetivo de descobrir, na próxima década, milhares de espécies novas que vivem nos oceanos da terra. As informações são do “g1”

Na atualidade, os pesquisadores descobrem 2 mil novas espécies de vida marinha a cada ano. O propósito agora é acelerar o processo e encontrar pelo menos 100 mil espécies novas, ou seja 10 mil por ano. Segundo o site citado, esta é uma grande força-tarefa para descobrir novas espécies antes que populações inteiras sejam levadas à extinção pela pesca excessiva e o aquecimento global.


Post sobre o assunto. (Reprodução/Twitter @AGM71com)


O diretor do projeto diz: “Precisamos que as pessoas se apaixonem pela maravilha e pela majestade da vida oceânica, se quisermos ter alguma chance de protegê-la”

A Universidade Britânica de Oxford, onde o Museu de História Natural abriga espécies que foram encontradas desde a época de Charles Darwin, vai ser a sede desse projeto. Darwin é o naturalista britânico que desenvolveu a teoria da evolução, que tornou-se a base de grande parte da compreensão sobre a chamada “árvore da vida”. 

Em um instituto em Cambridge, também localizado na Inglaterra, o sequenciamento genético das novas espécies encontradas será feito e, dessa forma, vai aumentar o que os cientistas chamam de “biblioteca genética” da vida marinha. 

Conforme detalhado pelo “g1”, o projeto é chamado, em tradução livre, de Censo dos Oceanos e é o maior programa desse tipo da história. 

Especialistas do Reino Unido e do Japão vão fazer dezenas de expedições em uma corrida contra o tempo nos próximos anos. 


Post sobre o assunto. (Reprodução/Twitter @mrznews)


Outro diretor do projeto afirma: “Com o aquecimento global, os oceanos estão perdendo oxigênio. Com isso, estamos perdendo espécies. Se esse processo continuar, a gente vai enfrentar outra grande extinção nos oceanos e perderemos grande parte da árvore da vida”

As expedições vão fazer uso de equipamentos muito modernos e também robôs, que vão até as profundezas com o objetivo de procurar formas de vida novas e depois protegê-las.

Foto Destaque: O oceano abriga uma enorme biodiversidade. Reprodução/Cristian Lagger. 

Mais notícias