‘O Diabo Veste Prada 2’: Andrea Sachs faz homenagem à Anna Wintour
Personagem de Anne Hathaway homenageia a icônica Anna Wintour no aguardado filme ‘O Diabo Veste Prada 2’ usando sapatos que marcaram a carreira da boss
Com o primeiro filme “O Diabo Veste Prada” completando 20 anos, as filmagens de ‘O Diabo Veste Prada 2’ estão acontecendo em Nova York, e já entregaram quase tudo sobre os figurinos e até sobre a narrativa da tão aguardada sequência. A personagem Andrea “Andy” Sachs, interpretada por Anne Hathaway, foi vista usando botas bordô, com efeito píton, e não passou despercebido que esse item foi um dos favoritos da ex-editora-chefe da Vogue americana, Anna Wintour. A referência clara sugere, além de uma homenagem, a ascensão de Andy no mundo da moda.
Legado de Wintour
Anna Wintour, aos 75 anos, deixou o cargo de editora-chefe da Vogue americana em junho de 2025, após 37 anos no comando da revista, mas não se afastou completamente da empresa. Wintour permanece como diretora global de conteúdo da Condé Nast e como diretora editorial global da Vogue, supervisionando títulos como Vanity Fair, GQ, Wired, Glamour e Bon Appétit, além de eventos como o Met Gala, que ela comanda desde 1995.
As botas bordô que apareceram nas filmagens são da marca Paris Texas, especificamente o modelo Stiletto Boot 85, com um salto agulha de 85mm. O calçado foi associado a Anna Wintour por seu uso recorrente de botas semelhantes durante os meses de outono e inverno (outubro a abril no hemisfério norte), incorporadas em seus looks combinadas a vestidos ou saias, para eventos como a Semana de Moda.
Essas botas, frequentemente de marcas como Manolo Blahnik ou Chanel, que refletem autoridade e sofisticação, tornaram-se um ícone cultural reconhecido na mídia e redes sociais. Além desse calçado, a nova Andrea Sachs também foi vista usando sandálias Chanel e botas de cano baixo da Saint Laurent e Zadig & Voltaire.
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Anne Hathaway nas filmagens de "O Diabo veste Prada 2" (Vídeo: reprodução/Instagram/@mickmicknyc)
Poder narrativo do figurino
Ao adotar um estilo associado a Anna Wintour, que é musa inspiradora da temível Miranda Priestly, Andy demonstra não apenas o domínio das linguagens do mundo fashion, mas também a ascensão para uma posição de poder e autoridade semelhante à de sua ex-chefe. A escolha do figurino vai além: simboliza a transformação da jornalista, que antes desprezava a indústria e agora não só a abraça, como é acolhida por ela.
Anna Wintour no Campeonato de Tênis de Wimbledon (Foto: reprodução/Karwai Tang/WireImage/Getty Images Embed)
A própria Anna Wintour parece reforçar a conexão. Com bom humor, ela sempre aceitou as comparações com Miranda, seja brilhando na estreia de O Diabo Veste Prada em 2006, seja comparecendo a eventos da adaptação teatral em 2024. Se, por um lado, a empolgação dos fãs em dissecar cada detalhe dos bastidores pode estragar as surpresas na tela grande, por outro, prova como a moda transcende as telas e vira um diálogo vivo entre cinema e identidade.
