O desfile da Valentino fechou com chave de ouro o terceiro dia da Semana de Alta Costura de Paris. Com uma apresentação intimista, Pierpaolo Piccioli, diretor criativo da marca, trouxe uma coleção cheia de emoção com muitas cores, texturas e formas.
Em busca do real
Em um novo olhar para o significado da Couture e da Alta Costura, Pierpaolo reforça o seu conceito atual como criador, em que a simplicidade e a necessidade do dia a dia é o primor para a construção das peças. “Numa época obcecada pelo artificial, pelo inacreditável, aqui está o real“, conta o diretor criativo.
Com uma coleção que oscila entre o feminino e o masculino, Valentino trouxe para a coleção peças de alfaiataria em cortes precisos, com uma composição de roupas delicadas e leves.
As peças ainda apresentaram um conceito utilitarismo, com diversos bolsos quadrados e casacos retos. A ideia de Pierpaolo buscou simplificar o cotidiano e assim, sua coleção foi um reflexo de uma realidade atual com lembranças do passado.
Peças mistas e harmônicas
Ainda em homenagem à sociedade moderna e em busca do público jovem, Valentino apresentou peças em uma profusão de cores análogas que, juntas, formavam uma sintonia única. Assim também era a profusão de texturas das roupas.
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Diversas peças trouxeram a maestria do feito a mão e brincaram com a ilusão de formas e volumes. Um exemplo disso foram os rolinhos de lantejoulas cortadas à mão e as delicadas organzas que imitaram pelos e penas exóticos.
De forma geral, Valentino trouxe um desfile sóbrio mas rico em cores, volumes que pareciam flutuar e texturas que causavam uma sensação de proximidade.
Foto destaque: Desfile Valentino Alta Costura 2024 (Reprodução/Launchmetrics Spotlight)