Moda

Uso de pele animal reacende debates sobre ética e sustentabilidade na moda

O uso de pele animal volta a ser debatido na moda, dividindo opiniões entre sustentabilidade, ética, ativismo e impacto ambiental de alternativas sintéticas

13 Dez 2024 - 08h06 | Atualizado em 13 Dez 2024 - 08h06
Uso de pele animal reacende debates sobre ética e sustentabilidade na moda Lorena Bueri

O debate sobre o uso de peles animais na moda voltou a ganhar destaque, gerando tensões entre ativistas ambientais, consumidores e a indústria. O tema, que parecia encaminhado após várias grifes anunciarem banimentos nos últimos anos, ressurgiu com força à medida que algumas marcas consideram a adoção de alternativas sintéticas, questionando seu impacto ambiental.

A polêmica da sustentabilidade

Durante a última década, marcas de luxo como Gucci, Prada e Versace adotaram políticas de banimento das peles naturais, buscando atender às demandas de consumidores preocupados com o bem-estar animal. No entanto, o argumento de que os materiais sintéticos seriam uma alternativa mais sustentável começou a ser questionado.


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Naomi Campbell usando pele durante a exibição da coleção Outono/Inverno 1999 da Michael Kors (Foto: reprodução/ TIMOTHY A. CLARY / AFP/ Getty Images Embed)


Peles sintéticas, geralmente feitas de plástico, têm sido criticadas por sua origem derivada de combustíveis fósseis e pelo impacto ambiental de sua produção e descarte. Alguns defensores do uso controlado de peles naturais alegam que, se vindas de práticas certificadas e regulamentadas, elas poderiam representar uma opção mais ecológica.

Ativismo e resistência do público

Apesar da pressão de alguns setores para o retorno das peles, ativistas e consumidores têm se posicionado fortemente contra a ideia. Organizações como a PETA destacam que, independentemente de qualquer regulamentação, a produção de peles envolve exploração e sofrimento animal. 


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Madonna 1995 (Foto: reprodução/ Steve Allen / Agência de Ligação/ Getty Imagens Embed)


Além disso, há um movimento crescente, liderado pela Geração Z, que valoriza marcas alinhadas a princípios éticos e sustentáveis, rejeitando materiais associados à crueldade.

Um dilema ético e comercial

Para as marcas, a questão se tornou um dilema estratégico. De um lado, a pressão por sustentabilidade pode levar à reconsideração de materiais tradicionais. De outro, a rejeição de parte do público pode comprometer reputação e vendas.

Especialistas acreditam que o futuro do debate está no investimento em novas tecnologias, como materiais híbridos ou peles cultivadas em laboratório. Enquanto isso, a indústria da moda segue em uma encruzilhada, onde suas escolhas podem definir não apenas tendências estéticas, mas também os rumos éticos e ambientais de todo o mercado.

Foto destaque: Madisin Rian (Reprodução/Michael Loccisano/Getty Images Embed)

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