No dia da Consciência Negra, comemorado nesta segunda-feira, 20 de novembro, é importante relembrar sobre a importância da representatividade negra em todos os setores da sociedade.
Isso tem um impacto positivo para a autoestima das mulheres, uma vez que promove uma ruptura com o padrão de beleza branco europeu, além de fazer com que se sintam representadas em papéis de destaque.
Representantes nas artes
No Brasil, houve um longo caminho para alcançar essa participação de homens e mulheres negras em papéis de protagonismo. Afinal, era comum que esse grupo interpretasse personagens secundários, muitas vezes na condição de empregados ou bandidos, por exemplo.
Uma das primeiras atrizes negras brasileiras a ganhar papéis como protagonista foi Taís Araújo, que interpretou Morena na novela “Da Cor do Pecado” em 2004, bem como, fez a personagem Helena, de Manoel Carlos em “Viver a Vida” em 2009.
A atriz também é uma voz que busca dar visibilidade ao movimento por representatividade das pessoas negras e apoia projetos nessa área.
Taís Araújo na apresentação do Festival Negritudes, da Rede Globo (Foto: reprodução/Instagram/@taisdeverdade)
No cenário internacional, também é possível citar nomes como Viola Davis e Naomi Campbell, que alcançaram sucesso em suas carreiras dentro de uma indústria ainda muito marcada pelo racismo estrutural, e servem de inspiração para crianças, jovens e adultas.
A especialista em letramento social, Anita Machado, destacou em entrevista ao Gshow a importância para as pessoas negras em se enxergarem ocupando espaços em posições de poder, bem como no mercado de consumo. Afinal, esse grupo corresponde à maior parte da população brasileira.
Ainda de acordo com a expert, esse tipo de ação é uma forma de enaltecer a cultura e as origens do povo negro. Apesar de ainda ser um lento progresso, sem dúvida é um passo crucial para aumentar a participação do negro nesses espaços.
Papel das redes sociais
As redes sociais ajudaram no avanço da discussão sobre essas pautas, uma vez que têm um grande poder de mobilização. Além disso, são espaços que permitem que as pessoas dividam suas experiências e desafios, além de poder expor seu trabalho e ganhar notoriedade.
Graças a isso, hoje em dia também é possível ver pessoas negras na posição de influenciadoras, inclusive com parcerias com grandes marcas. Tudo isso contribuiu para que esse grupo se veja representado em diversos espaços dentro da sociedade e possa ampliar a discussão sobre inclusão e combate ao preconceito.
Foto Destaque: Atrizes Cyda Moreno, Iléa Ferraz, Maria Ceiça e Vilma Melo em ensaio para capa da revista Ela. (Reprodução/Instagram/@taisdeverdade)