No alvo da obsessão do público, o quiet luxury vai muito além de um suéter da cashmere, ou então, um casaco camelo, afinal, o "silenciosamente" luxuoso, sempre é muito bem visto, além de prezar pelo primor das confecções, que enfatizam a matéria-prima.
Segundo o aclamado designer de moda, Pieter Mulier, o estilo em grande tendência busca valorizar materiais utilizados na composição, e busca pelo alcance do essencial, já que é voltado ao minimalista.
O conceito da coleção
O profissional, que é referência do ramo da moda apresentou uma coleção sob assinatura própria durante a Semana da Alta-costura, para a marca Alaïa.
“Essa coleção é sobre simplicidade e pureza, sobre menos como mais – sobre intimidade, sobre reduzir ao essencial e procurar a liberdade e a inventividade por trás disso. Não é sobre minimizar, mas sobre expandir as possibilidades. Queria que o meu trabalho na Alaïa fosse mais do que meras roupas, fosse sobre a vida”, afirmou, em um comunicado.
Na prática, cada peça é elaborada por meio do uso de um único tecido, o que possibilita composições de peças versáteis e engenhosas.
A origem do estilo
Trazendo um conceito em que seja possível a leitura do intercalar entre o peso e a leveza, as primeiras peças elaboradas com fios soltos resultaram em silhuetas sinuosas e arquitetônicas, repletas de sensualidade, em bodies com mangas alongadas, volumes nos extremos e mini comprimentos, têm sido aspectos notados nos looks de assinatura de Mulier.
Composição no estilo quiet luxury (Foto: reprodução/Vogue)
Recortes enviesados, fendas e filetes mil folhas, trazendo esplêndidos caimentos, também trazem muita autenticidade às peças, além dos tops espirais, modelados diretamente no corpo, o que tem aprovação sobre os looks.
Pieter vem se desenvolvendo com excelência, a perpetuação do legado de Azzedine, inspiração oitentista da Alaïa.
Foto destaque: quiet luxury em desfile da Alaïa (reprodução/Vogue)