Moda

Presidente do COB ressalta diferença entre Olimpíadas e São Paulo Fashion Week

O uniforme que os atletas vestirão para representar o Brasil foi um dos assuntos mais comentados das últimas semanas; o outfit foi altamente criticado

26 Jul 2024 - 11h58 | Atualizado em 26 Jul 2024 - 11h58
Presidente do COB ressalta diferença entre Olimpíadas e São Paulo Fashion Week Lorena Bueri

Na última quinta-feira (25), Paulo Wanderley, presidente do Comitê Olímpico do Brasil, resolveu se posicionar oficialmente sobre a polêmica, após as críticas a respeito da vestimenta do Brasil para as Olimpíadas de Paris. Confeccionado pela Riachuelo e assinado por bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, no Rio Grande do Norte, o visual do Brasil para a cerimônia de abertura, que acontece nesta sexta-feira (26), foi divulgado no final de abril.

Posicionamento de Paulo Wanderley

No entanto, com a grande repercussão, para o presidente da COB, Paulo, as pessoas devem pensar que trata-se das Olimpíadas de Paris e não da Paris Fashion Week: “nosso foco está nisso, basta ver os vídeos dos próprios atletas nas redes sociais”, disse. Complementando, o presidente ressaltou que arte é um conceito individual e que a beleza está nos olhos de quem vê.

Além dele, Cathyelle Schroeder, chefe do marketing da Riachuelo, em entrevista ao Terra Você, afirmou que durou cerca de dois anos o desenvolvimento dos uniformes, que contou com mais de 500 famílias durante todo o processo em aspectos como a costura, bordado e modelagem. Segundo ela, a proposta foi apresentar uma peça sustentável e que celebrasse a primeira competição da história que representasse uma equidade de gênero.


Rebeca Andrade mostra outfit do Brasil para as Olimpíadas (Reprodução/Instagram/@rebecanadrade/@riachuelo)


A saia mídi branca que compõe o look não encontra-se mais para comercialização, já que, segundo Cathyelle explica, a intenção desde o início foi a venda apenas de moletons e jaquetas nas cores amarela e azul dos uniformes do Time Brasil.

Em contrapartida, se posicionando a respeito do assunto, a estilista Isa Isaac Silva declarou que as pessoas estão falando disso em todos os lugares, incluindo reuniões com executivos e que, para ela, o fato de Paulo Wanderley ter dito que o evento não é uma Paris Fashion Week apenas prova que ele não entende de moda. Isa também afirmou que caso o uniforme apresentasse um caráter conceitual, como esperado, as vendas teriam chances de bombar.

Repercussão e posicionamento das bordadeiras

Composto por peças como a camiseta, jaqueta e saia jeans, o outfit dos atletas conta com elementos da fauna e flora brasileira, como por exemplo a onça-pintada atrás da peça. Além disso, também foi aplicado ao visual as cores amarela, verde e branca. 

Entretanto, com a divulgação de uniformes de outros países, como o do Haiti e da Mongólia, que contaram com aspectos da bandeira e fortes referências aos países, foi colocada em pauta a ausência da regionalidade, sendo apontada  a “pobreza” de detalhes no uniforme do Brasil. O uniforme da Mongólia conseguiu levar a representatividade local ao apresentar a grife local Michel & Amazonka, porém ainda destacando aspectos da cidade de Paris, assim como o do Haiti, que nas mãos de Stella Jean, única estilista negra da Itália em conselho de moda, leva contemporaneidade e inclusão para o evento.



Uniforme do Haiti e da Mongólia para as Olimpíadas de Paris (Reprodução/Instagram/@stellajean_sj_/@michelamazonka)


Fato é que toda a movimentação levou a vestimenta a ser criticada por personalidades como Anitta, que declarou que os uniformes representavam a desvalorização do atleta no Brasil, enquanto a ex-jogadora de vôlei Marcia Fu também demonstrou sua reprovação, dizendo que a delegação merecia algo melhor.

Porém, segundo uma das bordadeiras, Salmira Torres, em entrevista à Folha de São Paulo, a roupa representa um significado profundo, justamente por trazer a tona um município localizado no semiárido nordestino e poder valorizar elementos naturais brasileiros: “nada mais lindo do que a gente levar um pouco do nosso Brasil para as Olimpíadas”, conta.

Alcilene, também bordadeira, afirmou que a ideia e criação veio da Riachuelo, e a partir disso, o grupo que trabalhou nas vestimentas ficou responsável por adicionar detalhes como as araras, tucanos e onça nos jeans. Enxergando o ocorrido como preconceito com o povo nordestino, ela ressalta que tudo foi feito com muito carinho, capricho e pensado no conforto dos atletas.

Foto destaque: Uniforme do Brasil para as Olimpíadas de Paris (Reprodução/Instagram/@riachuelo)

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