O termo Kitsch é normalmente usado quando falamos de determinado tipo de arte ou arquitetura – que contenham elementos exagerados e sensacionalistas, causando estranheza. Ultimamente o conceito tem sido explorado também no mundo fashion e grandes marcas, como Gucci e Versace, têm apostado no estilo apesar das opiniões contrárias. Enquanto para alguns o estilo é uma forma de se expressar, para outros não passa de mal gosto.
Para o modelo e empresário Gustavo Fellipe, o Kitsch é uma forma de mostrar o que estamos sentindo. “É um estilo diferente e excêntrico, mas não vejo vulgaridade ou inferioridade nele. Pelo contrário, é bastante criativo e grandes nomes da moda já fizeram algum trabalho envolvendo o kitsch, como o designer John Galliano e a marca Gucci”, ele comenta. “Para quem gosta de ser ousado e não é tão adepto assim do quiet luxury, esse estilo é perfeito”, afirmou, em entrevista à Revista L'Officiel.
Molly Goddard (Foto: Reprodução/Revista L'Officiel)
O quiet luxury é uma moda mais discreta que tem ganhado cada vez mais espaço nas passarelas, apostando em peças mais simples e sem excessos, às vezes até sendo consideradas “banais”, como, por exemplo, o look de Kate Moss para Bottega Veneta no verão de 2023. O visual pode ser resumido como um simples jeans com camiseta xadrez, mas que era, na verdade, uma ilusão de ótica, já que a composição do look foi produzida em couro finíssimo. Por isso, o Kitsch pode causar estranheza de início, pois seu contraste com o quiet luxury é grande.
Para a nossa geração, que sempre busca novas formas de expressar nossos pensamentos e sentimentos, o Kitsch pode acabar sendo bem aproveitado, já que seu estilo de “mau gosto” pode ser explorado de várias formas, seja com peças que não combinam entre si, até mesmo no uso de vários tipos de tecidos, estampas, cores e texturas ao mesmo tempo. Afinal, no Kitsch, a criatividade não tem limites.
Foto destaque: Poxlin. Reprodução/Instagram.