Rita Lee é sinônimo de liberdade e irreverência e essas são características essenciais na moda. A artista fez história não só na música, literatura e dramaturgia, mas também na moda, mostrando que as mulheres devem ter atitude e, todos, podem se vestir e serem o que quiserem.
Rita Lee é um ícone da moda (Foto: Reprodução/Pinterest)
A ousadia e bom-humor de Rita, era visto no seu estilo que rompeu paradigmas e estereótipos machistas, seja vestida de noiva no final do "Festival Internacional da Canção" após Gilberto Gil e Caetano Veloso serem desclassificados, nos anos 1960, ou com suas peças multicoloridas psicodélicas e maximalista.
Rita Lee e banda no Festival Internacional da canção de 1960 (Foto: Reprodução/Pinterest)
Os cabelos vermelhos vivo, ao longo dos anos passaram por mudanças, o tom dos seus cabelos naturais eram castanhos claros, e ela fazia o tingimento de modo caseiro, usando chá de camomila, cascas de cebola, lascas de parafina e água oxigenada."Levava o dia inteiro, ficava meio palha (o cabelo), mas valia a pena o look Françoise Hardy da Vila Mariana", revelou em sua autobiografia. Por volta de 1974, numa viagem a Londres, adotou o vermelho vivo.
Rita Lee em 1975 (Foto: Reprodução/ Pinterest)
"Com minha cabeleira vermelha, a sensação era a de andar com um eterno sol na cabeça, me sentia cada vez mais caliente e agradecida por estar viva naquele planeta azulzinho dizendo ao mundo hello-goodbye", contou em seu livro. Com o tempo, os tons de ruivos vieram se alternando, mas a franjinha reta, essa se manteve por muitos anos. Em 2015, a artista assumiu os cabelos grisalhos e claro que isso compôs, ainda mais, o estilo dela.
Rita Lee assume fios brancos (Foto: Reprodução/Pinterest)
Os óculos extravagantes e coloridos eram marca registrada da artista, ela dizia se sentir nua, sem o acessório, mas que usava justamente por ter fotofobia, hipermetropia e astigmatismo.
Rita Lee tinha coleção de óculos (Foto: Reprodução/Pinterest)
Sobre suas roupas e icônicas capas de discos, ela sempre gostou de conforto e autenticidade. Na época da banda “Os Mutantes”, ajudava os integrantes a comporem seus looks, de forma original. E quando já estava na banda “Tutti-Frutti”, montava seus looks com um certo tom de crítica, lembrando do episódio, do show no Estádio do Palmeiras, em 1976, em São Paulo, logo após a soltura da prisão de Rita que, subiu ao palco com roupa de presidiária, passando na frente de policiais que há vigiavam na então prisão domiciliar, como protesto por ter tido uma prisão arbitrária.
Rita Lee show no Estádio do Palmeiras, em 1976 (Foto: Reprodução/Pinterest)
Na turnê do disco "Babilônia" (1978), a cantora contou com um luxuoso auxílio: a estilista Barbara Hulanicki, que tinha a famosa loja Biba em Londres. A designer criou modelitos para Brigitte Bardot e, também, tinha como clientes ninguém menos que David Bowie e Mick Jagger.
Rita Lee turne do disco "Babilônia" (Foto: Reprodução/Pinterest)
Já em carreira solo não seria diferente, a Rainha do Rock Nacional levava estilo por onde passava.
Mil faces de Rita Lee (Foto: Reprodução/ Pinterest/ Canva)
A artista tem um legado gigantesco na arte e na moda e, por isso, Rita Lee jamais irá morrer.
Foto destaque: a moda de Rita Lee. Reprodução: Pinterest/ Canva/ Vogue/ Editora Globo.
