Até que ponto a sustentabilidade está atrelada apenas ao material e não ao comportamento de consumo? Apesar de a sustentabilidade ser uma pauta de prioridade nas marcas de luxo, a indústria da moda ainda é considerada uma das mais poluentes do mundo. Essa indústria tem suas responsabilidades, mas, falando especificamente sobre o nicho da moda de luxo, a corrida para reverter os danos, mesmo que seja pouco, está acontecendo. E exemplos disso é o que não faltam.
A Gucci lançou um portal para compartilhar um portal para compartilhar ideias e projetos relacionados à sustentabilidade chamado Gucci Equilibrium. Nesse portal, você pode conferir a forma como a marca lida com os resíduos pré e pós-consumo, o planejamento relacionado ao uso do plástico e os matérias usados em seus próprios produtos, entre eles o Demetra, o qual combina processos eficientes com metérias-primas livres de origem animal que são, principalmente, provenientes de fontes sustentáveis, renováveis e de bases ecológicas. Ele foi apresentado pela primeira vez nos tênis da marca como uma opção para substituir o uso de couro.
Bolsa da coleção Prada Re-Nylon (Foto: Reprodução/Pinterest)
O grupo Prada segue com apostas do econyl, um tecido feito de nylon que pode ser regenerado continuamente sem perder sua qualidade, para a coleção Prada Re-Nylon.
A marca Miu Miu tem um projeto próprio chamado Upcycled by Miu Miu, o qual conta com uma curadoria de peças, espalhadas pelos brechós em alguns países, as quais são ressignificadas, ganhando bordados, aplicações e outros elementos que são clássicos da marca.
Vestido da coleção Upcycled by Miu Miu (Foto: Reprodução/Pinterest)
A moda de luxo já carrega uma ideia de durabilidade que atravesse gerações. As peças de cashmere de Brunello Cucinelli, a alfaiataria impecável da Giorgio Armani e as sedas da Hermès custam, sim, bastante dinheiro, mas a intenção é que o consumidor não precise consumir tanto – mas poucos e bons itens.
Foto destaque: vestido da coleção Upcycled by Miu Miu (Reprodução/Pinterest).