Miuccia Prada, é considerada a 75 ª mulher mais poderosa do mundo pela Forbes, e é uma das estilistas mais relevantes do mundo. Conhecida por suas criações irreverentes e nada obvias, se destaca de outros ‘designers’ italianos famosos.
Nascida em 10 de maio de 1949, Miuccia cresceu em uma família machista, e para provar conseguir conduzir os negócios, enfrentou barreiras impostas pelos “homens Prada”, que hoje conta com roupas e acessórios, uma fundação dedicada à arte, e ainda uma clássica rede de confeitarias.
Ela transformou o negócio da família que produzia artigos de couro, em uma casa de moda luxuosa, reconhecida por ser uma das marcas mais criativas e influentes do planeta, e traduz o papel da mulher contemporânea na sociedade. Em seus desfiles, a estilista traz sua bagagem política e artística, incentivando o debate sobre o significado do belo e feio na moda.
Conheça curiosidades sobre Miuccia Prada, que podem se condir com sua história centenária.
Venceu o machismo familiar
A marca Prada, surgiu em 1913 com o nome Fratelli Prada, desenvolvida pelos irmãos Mario e Martino. Até se aposentar, Mario não permitiu que as mulheres se juntassem aos negócios da família, já que não as considerava aptas para administrar empresas.
Quando Mario se aposentou, a única mulher interessada em seguir adiante com os negócios era a mãe de Miuccia, que após 20 anos, passou o comando para a filha, que transformou a loja de malas e bolsas, em uma marca de luxo. Além disso, a Prada criou novas linhas de produtos que virou um grupo.
O responsável por esse grupo é o marido de Miuccia, Patrizio Bertelli, enquanto a esposa segue na comandando a criação da Prada, Miu Miu e da Galeria Fondazione Prada.
Prada foca na força e beleza chinesa, em nova campanha (Vídeo: Reprodução/Instagram)
Miuccia Comunista
Após ouviu de seu avô que mulheres não sabiam dirigir negócios, Miuccia se rebelou. Nos anos 1960, ela se tornou a primeira aluna de sua escola a seguir o estilo hippie, depois disso, se integrou ao Partido Comunista italiano e passou a fazer parte do movimento feminista.
Ela se especializou e aprofundou seus conhecimentos políticos, se graduando em Ciências políticas, chegando a fazer até PHD pela Universidade de Milão. Com o tempo, se distanciou da política, preferindo exercer seu papel através de suas criações.
Em entrevista ao jornal La Stampa, Miuccia revelou que não deixou de ser comunista e ser estilista não torna isso contraditório, visto que os preços de suas peças são como são para custear um pagamento justo para seus funcionários.
Campanha da Prada com o ator Tom Holland (Vídeo: Reprodução/Ferdinando Verderi/Instagram)
Arte
Em 1993, abriu a Fondazione Prada, considerado o maior museu de arte moderna de Milão, tem 10 pavilhões, onde Miuccia expõe obras fixas e temporárias de artistas contemporâneos aclamados e dialoguem com as mesmas ideias progressistas da estilista.
O Nylon Prada
Desde que assumiu o lugar da mãe na direção da marca, Miuccia trouxe diversas novidades ao vestuário feminino. E uma delas, foi a substituição do couro por lona de nylon, que demorou para adquirida pelo público, devido à baixa publicidade, e preço alto. Durante a onda ‘Anti-Fashion’, dos anos 90, as bolsas passaram a ser símbolo de status.
É bonito ser feio
As criações de Miuccia se tornou reconhecida pela assinatura ‘ugly chic’, combinando a sensualidade com a modéstia, ela promoveu pensamentos sobre o significado do belo na moda. E esse estilo traz um questionamento para quem a veste, sobre como a mulher pode exercer sua feminilidade sem ser obvia e sem se render aos padrões de corpo e estética.
Portanto, a Prada então se tornou uma marca para intelectuais, justamente por suas criações trazerem significados em suas silhuetas.
Foto destaque: Miuccia Prada. Reprodução/Instagram