De acordo com a Semana de Moda de Nova York, é possível que, futuramente, todos os desfiles em formatos digitais irão fazer parte do metaverso. O vencedor do CFDA/Vogue Fashion Fund de 2015, Jonathan Simkhai, por exemplo, já foi um dos pioneiros nesse campo, visto que deixou de fazer desfiles tradicionais para realizar uma exibição no Second Life, plataforma do metaverso. No evento, a imprensa e os convidados puderam estar presentes através de seus próprios avatares personalizados. Outros estilistas e marcas como Maisie Wilen também adotaram o formato.
Ademais, a essência de um desfile virtual recebeu um novo horizonte depois que os elementos do metaverso puderam substituir a passarela tradicional - presencial. Isso, de certa forma, é em razão dos desfiles, que acontecem no metaverso, terem uma aparência de serem ao vivo e serem mais interativos, pois permite aos espectadores uma experiência com os elementos digitais. Com isso, cada estilista que integra seus desfiles nesse universo, estão trazendo novas propostas com uma variedade de tecnologias, além de fortalecerem a plataforma e induzir, cada vez mais, novos profissionais da moda a aderirem a esse novo negócio.
Coleção Jonathan Simkai. (Foto: Reprodução/Vogue)
Posto isso, as parcerias com empresas de tecnologias são fundamentais para a realização desse evento, pois possibilitam a concretização dos conceitos primordiais do metaverso para os estilistas. Diversas empresas tecnológicas anseiam trabalhar com o universo da moda no metaverso, dado pela enorme e crescente influência cultural da moda na plataforma. Por outro lado, os estilistas desejam por mais conhecimento interno para que facilite o processo da elaboração. Nesse sentido, a marca Maisie Wilen colaborou com a empresa Yahoo para construir elementos digitais e físicos no seu desfile.
“Queremos ter certeza de que estamos criando o tipo de conteúdo que a Geração Z deseja, incluindo experiências imersivas no estilo do metaverso”, diz Nigel Tierney, chefe de conteúdo do Yahoo Ryot Labs, em entrevista à revista Vogue ao abordar sobre a aplicação do seus serviços na plataforma virtual. Além do mais, as primeiras marcas e profissionais da moda que estão aderindo o uso do metaverso, afirmam que não estão receosos em relação a receber críticas negativas.
“Não posso trabalhar com medo de ser criticado, caso contrário, teria largado esse trabalho em seis meses”, diz o estilista Jonathan Simkhai sobre ser um dos pioneiros da plataforma. “Quanto maior o risco, maior a recompensa. Muitos estilistas de Nova York foram a Paris para expor suas ideias – nós estamos indo para o metaverso”, finaliza sua fala.
Foto Destaque: Coleção Simkai. Reprodução/Vogue