Em uma noite marcada por homenagens ao Dandismo Negro e à elegância como resistência, foi Damson Idris quem roubou os holofotes no Met Gala 2025. O ator britânico, conhecido por seu trabalho em “Snowfall” e atualmente integrando o elenco do aguardado filme F1, protagonizou uma das entradas mais teatrais, ousadas e simbólicas do evento — e sim, tudo isso com um macacão de corrida.
De piloto a ícone fashion em poucos segundos
Logo ao chegar, Idris apareceu em grande estilo: desembarcando de um carro de corrida APXGP, com um visual completo de piloto. O macacão, assinado pela Tommy Hilfiger, vinha acompanhado por um capacete cravejado com mais de 20 mil cristais Swarovski nas cores azul, vermelho e branco — referência direta à escuderia fictícia do filme F1, que estreia em junho e tem produção executiva de Lewis Hamilton.
Mas foi na subida das escadarias do MET que tudo mudou: ao vivo, dois assistentes removeram o macacão diante das câmeras e do público, revelando um terno vermelho em tartan, feito sob medida pela mesma grife. Em segundos, Damson saiu do mundo da velocidade para o centro do universo fashion — e sem perder o fôlego de quem assistia.
Um look com mensagem e estratégia
O visual não era apenas impactante — era estratégico. O traje foi idealizado para promover o filme F1, onde Idris interpreta Joshua Pearce, um jovem piloto que tenta vencer em um mundo competitivo e elitizado. A Tommy Hilfiger, patrocinadora do longa, viu no Met Gala a passarela perfeita para transformar o marketing do filme em arte performática.
Além disso, o ator estreou sua linha de joias DIDRIS, com um broche de tirar o fôlego: uma esmeralda central de quase 11 quilates, cercada por 18 turmalinas e cerca de 250 pedras tsavoritas. Um luxo à altura do tapete mais vigiado do mundo.
Do volante para o tapete vermelho. Damson Idris em modo cinema no Met Gala 2025 (Foto: reprodução/Dimitrios Kambouris/Savion Washington/Dia Dipasupil/Mike Coppola/ Getty Images Embed)
Moda, cinema e cultura negra no mesmo frame
A escolha de Damson para incorporar o universo da Fórmula 1 à temática do evento — Superfine: Tailoring Black Style — foi tudo, menos aleatória. O Dandismo Negro fala sobre ocupar espaços com elegância e propósito. E ao se vestir como um piloto negro e se despir para revelar sua realeza moderna, Idris entregou uma narrativa visual que conectou sua ascendência africana, seu novo papel no cinema e a estética poderosa dos homens negros na moda.
Macacão, cristais e um terno vermelho. Damson Idris transforma a moda em espetáculo (Foto: reprodução/Savion Washington/Jamie McCarth/Dia Dipasupil/Theo Wargo/Kevin Mazu/ Getty Images Embed)
Muito além de um look: uma entrada para a história
A aparição de Damson Idris entra para os anais do Met Gala como um dos momentos mais criativos, ousados e inteligentes dos últimos anos. Ele não apenas se vestiu bem — ele contou uma história inteira com um look.
E se o objetivo era atrair olhares para o filme F1, missão mais que cumprida. No fim das contas, Damson fez o que poucos conseguem: usou a moda como palco, a arte como voz e a cultura negra como direção.
Foto destaque: Damson Idris em pole position no tapete vermelho no Met Gala 2025 (reprodução/Savion Washington/Keven Mazur/Getty Images Embed)