A Semana de Alta-Costura, que está acontecendo na França, mais uma vez teve uma estrela brasileira: Maria Fernanda Cândido, 49, desfilou ontem (04), no segundo dia de evento para a estilista Stéphane Rolland.
Maria Fernanda Cândido atraiu todos os olhares, ao encarnar Maria Callas,uma cantora de ópera que este ano completaria 100 anos. O evento aconteceu no Palais Garnier, espaço destinado à Ópera Nacional de Paris.
A atriz usou um vestido vermelho longo e luvas que passavam dos cotovelos.
A coleção presta homenagem à voz imortal de Maria Callas. O desfile de Stéphane Rolland contou com 24 modelos, vestidas de preto e branco, e cada uma interpretou um papel. A exceção foi a atriz brasileira que desfilou ao lado de Nieves Álvarez, modelo e apresentadora espanhola.
"Trata-se de uma aparição lírica e poética, forte e, ao mesmo tempo, frágil. Somente o Brasil sabe transmitir a beleza da nostalgia sem tristeza. A ideia é agradar Maria Fernanda e deixar ela mesma se envolver", contou a estilista.
Em entrevista à Vogue, a atriz contou que o convite a marcou profundamente. ”Fiquei muito feliz! Stéphane Rolland é uma referência da alta-costura francesa. E é ainda mais especial para mim, pois vou poder encarnar a Maria Callas, alguém que sempre admirei, em um palco especial, que é a Ópera de Paris, e ainda sendo filmada pelas lentes de um cineasta tão especial quanto o Claude Lelouch. Para mim, essa soma de elementos é o que mais me encanta".
Um pouco da história de Maria Callas
Maria Callas foi uma soprano renomada da ópera, nascida em Nova Iorque em 1923. Desde jovem, sua voz única e emotiva chamou a atenção de professores e mentores, levando-a a estudar no Conservatório de Atenas, e aprimorou sua técnica vocal na Itália. Sua habilidade de dar vida a personagens operísticos, com intensidade dramática e expressão emocional profunda, tornou-a uma das sopranos mais requisitadas de sua época.
Ao longo de sua carreira, Maria Callas interpretou diversos papéis icônicos, como Violetta em "La Traviata" de Verdi, Norma em "Norma" de Bellini e Tosca na ópera homônima de Puccini. Sua entrega visceral e capacidade de transmitir a essência dos personagens cativaram audiências ao redor do mundo, estabelecendo seu lugar como uma das maiores artistas da ópera.
Maria Callas cantora soprano (Foto: reprodução/ Pinterest/@Drottningholm)
Callas, faleceu em setembro de 1977, deixando um legado duradouro na história da ópera. Sua influência revolucionou o mundo da música, inspirando cantores líricos e artistas de diferentes gerações. Sua técnica vocal única e abordagem artística exemplar continuam a ser referências até os dias de hoje.
Foto destaque: Maria Fernanda Candido em desfile. Reprodução/ Getty Imagens