Moda

Hermès: Justiça reconhece direitos autorais da pulseira "chaîne d’ancre"

Após cinco anos de processo, a justiça reconheceu os direitos autorais da pulseira da Hermès, a chaîne d’ancre.

22 Jul 2023 - 09h46 | Atualizado em 22 Jul 2023 - 09h46
Hermès: Justiça reconhece direitos autorais da pulseira 'chaîne d’ancre' Lorena Bueri

Após cinco anos de processos judiciais a respeito da chaîne d’ancre (corrente de âncora) da Hermès, a justiça reconheceu os direitos autorais da jóia. Tudo começou no ano de 2017, após uma empresa francesa ter dado início a comercialização de produtos que possuíam as mesmas características da jóia. 

Posteriormente, em 11 de janeiro de 2022, o Tribunal de Recursos confirmou que as jóias da Hermès eram de fato originais, alegando, assim, que a empresa que estava realizando as cópias, violou direitos autorais e concomitantemente proporcionou atos de concorrência desleal.

Além disso, no mesmo ano, o Tribunal afirmou que as jóias estavam protegidas pelos direitos do autor, justamente pela combinação das características — que eram originais. Com isso, a conclusão do caso só veio acontecer no mês de maio deste ano, após a Cour de Cassation ter ido a favor da Hermès.


Hermes também possui coleção de roupas. (Reprodução/Instagram/@hermes)


Criação da pulseira e sucesso

Robert Dumas criou a pulseira ‘’chaine d’ ancre’’ no ano de 1938 por Robert Dumas, o primeiro diretor a não pertencer à família Hermès. Ela é composta por elos que, juntos, formam uma corrente no formato da letra T.

Após ter sido lançada no mercado, a pulseira foi sucesso imediato. Rapidamente ela se tornou a peça que assinava a joalheria da Hermès, enquanto o design foi aplicado em colares, botões de punho e brincos, por exemplo.

 

Polêmica de bolsas NFT

NFTs são tokens não fungíveis e, por ser um ativo digital, pode representar qualquer conteúdo, seja ele música, vídeo ou até um tweet.

Anteriormente, a Hermès teve seu nome indiretamente ligado a uma polêmica, após um artista resolver criar NFTs de bolsas da Hermés. Com isso, a Hermès abriu um processo contra Mason Rothschild, responsável pela criação das NFTs MetaBirkins, alegando assim uma cyberposse.


Bolsa NFT. Reprodução/Instagram

Bolsa NFT da Hermès. Reprodução/Instagram/@hermes


No dia 8 de fevereiro de 2023, foi concluído que Mason estaria violando os direitos autorais de uma marca registrada. O sócio do escritório de direito David Leichtman afirmou que o problema não foi apenas sobre o uso da marca Birkin, mas também pelo uso indevido ao induzir consumidores a pensar que o NFT estava vinculado a Hermès.


Foto destaque: Pulseira chaîne d'ancre/Site Oficial/Hermès.

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