Após enfrentar tempos difíceis em finanças no mundo dos negócios, a empresa avisou que vai fechar todas as suas lojas nos Estados Unidos, deixando clientes por todo mundo preocupado com o que vai acontecer com ela.
A Forever 21, uma renomada varejista americana de fast fashion, entrou com pedido de falência pela segunda vez em menos de seis anos e anunciou o encerramento de suas operações físicas no país. A empresa enfrenta uma dívida de mais de US$ 1,58 bilhão e vem lutando contra o crescimento da concorrência das varejistas online.
Os motivos da crise
O principal motivo da crise da Forever 21 reside na mudança do cenário da moda, e foi resultado de, o público mais jovem, que antes optava por lojas físicas, passaram a preferir comprar online.
Bastidores da campanha da Forever 21 (Foto: reprodução/Instagram/@forever21)
- Uma nova forma de comprar: as pessoas começaram a querer alterativas mais sustentáveis e acessíveis, para plataformas digitais como Shein e Temu, que oferecendo uma grande variedade de produtos a preços competitivos.
- Disputa online: ao passo que a Forever 21 persistia com um formato comercial concentrado em pontos de venda físicos, seus rivais priorizam um universo digital, que acompanha maior parte do público juvenil.
- Apertos financeiros: o aumento dos valores de produção e da inflação reduziram o orçamento dos clientes, impactando de maneira direta as vendas da empresa.
- Crise sanitária e alterações no comércio: o período da pandemia impulsionou o avanço do comércio online, dificultando ainda mais os varejistas tradicionais sem uma forte presença digital.
O fim de uma era no fast fashion
A resolução de encerrar todas as unidades físicas nos Estados Unidos demarca o encerramento de um ciclo para a Forever 21, e reflete uma tendência maior no setor varejista de vestuário. O sistema padrão de fast fashion, alicerçado em lojas físicas e imensas quantidades de produção, encontra-se crescentemente risco, assim como, por exemplo, marcas de grifes que não apostam em renovação, digitalização e consciência ambiental podem perder espaço no mercado.
A Forever 21 foi, durante anos, uma grande referência para quem buscava tendências acessíveis, mas seu modelo de negócios não acompanhou as transformações do setor. Agora, resta saber se a marca conseguirá se reinventar ou se este será o capítulo final de sua trajetória no fast fashion.
Lições para o setor da moda
O declínio da Forever 21 serve como um alerta para outras marcas que ainda dependem fortemente do varejo físico e não investem em inovação. A adequação às novas exigências do comprador, a necessidade de tecnologia e a formulação de vivências de compra singulares são cruciais para a permanência no contexto atual.
O questionamento primordial que persiste é: será que a moda tradicional está com os dias contados ou ainda há espaço para reinvenção. O tempo dirá se a Forever 21 conseguira encontra um novo caminhos ou se o futuro da moda pertencerá definitivamente ao comércio eletrônico.
Foto Destaque: Forever 21 de Los Angeles (Reprodução/Forever 21)