Há muito tempo a magreza excessiva das passarelas é uma pauta que gera bastante polêmica. Afinal, fazem anos que a indústria se manifesta contra os corpos esqueléticos nos holofotes, mas, no fim, quase nada muda.
Há pouco tempo, para a temporada de Verão 2022, Miuccia Prada entrou na onda da volta dos anos 2000 e apresentou uma versão de microssaia com o cós baixíssimo para a Mil Mil. A peça se tornou assunto, entre críticas e análises que compreendem a linha de pensamento da Sra. Prada. A estilista fez a roupa bombar e estampar capas de diversas revistas com personagens que não vestiam PP usando o look, seja com a modelo plus size Paloma Elsesser na edição de Verão 2022 da i-D ou com Nocole Kidman, com 55 anos, para a Vanity Fair. A ideia de explorar, de maneira irônica, um item tão exclusivo do passado é uma forma de enfatizar que a moda está muito mais relacionada ao conforto da peça na hora de vestir do que à obsessão para fazer caber em uma modelagem tão restrita.
Paloma Elsesser (Foto: Reprodução/Pinterest)
Nesse mesmo contexto, outras grifes já perceberam que não basta se conectar com as novas gerações somente com a estética das roupas, mas é necessário um movimento de inclusão verdadeiro. Além das marcas tradicionais, as quais já apostavam neste caminho, como Jean-Paul Gaultier, há nomes que vêm seguindo essa tendência e dando mais visibilidade nas suas apresentações. A sensualidade da mulher de Gianni Versace, da era das modelos dos anos 90, é atualmente traduzida em corpos diversos por Donatella Versace.
Jill Kortleve (Foto: Reprodução/Pinterest)
Assim como a Chanel de Virginie Viard, que também escolheu a modelo Jill Kortleve para o seu time de preferidas de campanhas e desfiles. Na Valentino, Pierpaolo Piccioli trouxe sua couture com grande visibilidade para o plus size durante o Verão 2022.
Foto destaque: Paloma Elsesser (Reprodução/Pinterest).
