Com 20 anos de carreira, Rober Dognani é um destacado nome na moda autoral brasileira. No Baile da Vogue deste ano, ele vestiu 16 celebridades, como Camila Pitanga e Giovanna Ewbank, de forma espontânea, sem ações de marketing.
Seus vestidos fluidos com transparências, flores em 3D e detalhes de látex e brilho, da coleção "O Jardim de Iracema", se adequaram ao tema "Sonho de uma noite de verão". Sua escolha por grandes nomes do entretenimento brasileiro naquela noite levantou questionamentos sobre quem era Rober Dognani e porque foi a escolha deles.
Um de vários trabalhos de Rober (Vídeo: Reprodução/ Instagram/ @roberdognani)
O começo de tudo
O estilista, com 48 anos de idade, tem uma longa trajetória na moda. Ele desfila na Casa de Criadores desde 2003, é cofundador da Das Haus, uma multimarcas na Galeria Ouro Fino, em São Paulo, onde vende suas próprias peças e de outros estilistas brasileiros. Além disso, ele também criou roupas e desfiles para clipes e produções audiovisuais, incluindo a segunda temporada de "Verdades Secretas."
Nos anos 2010, ele fez parte do cenário do beachwear brasileiro, colaborando com marcas como Adriana Degreas e Cia. Marítima. Com 20 anos de atuação, sua marca autoral se destacou na moda nacional, mesmo mantendo um perfil discreto. O estilista permanece fiel ao seu modo de produção "slow", focando em peças únicas ou sob demanda.
Desde sempre, Rober já tinha afinidade com a moda, desenhando seu primeiro croqui aos 4 anos. Sua mãe era cabeleireira e trabalhava com noivas em casa aos sábados, e ele observava essas mulheres, imaginando seus vestidos nupciais e registrando seus croquis em um caderno de memórias. Nos anos 1980, ele começou a comprar mensalmente todas as edições da Vogue Brasil na banca perto de sua casa, demonstrando seu interesse e dedicação à moda desde cedo.
Uma das várias criações de Dognani (Vídeo: Reprodução/ Instagram/ @felipefanaia)
História e inspiração
Nascido em Fartura, São Paulo, Roberval, antes de se tornar Rober Dognani, estabeleceu uma academia de dança aos 17 anos. Embora não tenha recebido uma formação formal em arte, sempre demonstrou interesse pelo mundo da dança e tinha o sonho de se tornar coreógrafo. Essa inclinação para a performatividade e teatralidade se tornou um pilar essencial de seu trabalho, com uma forte influência do figurinista. Além disso, a religião desempenha um papel central em suas fontes de inspiração.
Foto Destaque: Rober Dognani. Reprodução/Sou de Algodão/Marcelo Soubhia
