Na última terça-feira (26) vários fashionistas se juntaram nos portões do Jardin des Tuilleries no primeiro grande show da temporada parisiense a espera de celebridades, influenciadores e editores de moda que assistiram às criações de Maria Grazia Chiuri à frente da Dior.
O desfile
Dentro da exuberante estrutura montada pela Dior em frente a Place de La Concorde, Maria Grazia apresentou uma coleção inspirada nas mulheres sábias e rebeldes, nas mulheres de lutas, muitas vezes taxadas de bruxas ao longo dos anos. Para ambientar o desfile, a diretora de criação convidou a artista feminista italiana Elena Bellantoni, que dispôs em painéis de led fotos de publicidades sexista do século 20 e frases como: “Seu corpo é poético”, “Escute a batida do seu coração” e “Eu não sou um pedaço de carne”.
Intitulada “Not Her”, as mensagens ativistas foram exibidas nos telões com cores amarelo e roxo.
A coleção
Para Maria, o uniforme da mulher forte e contemporânea começa pelos pés: delicadas sapatilhas de laço e kitten heels (salto baixo) foram reforçadas com amarrações gladiadoras. Saias volumosas plissadas somaram-se à vestidos de renda e às transparências trazendo mais delicadezas aos looks, tingidos de “all black” e areia. Vestidos que pareciam rasgados e ‘gastos’ remetem ao campo de batalha contra misoginia que a designer vem expondo desde que assumiu a casa.
A estilistas ainda investiu em uma alfaiataria geométrica, com blazers oversized, calças e vestidos amplos marcados na cintura como manda a silhueta da Maison. Outro destaque da coleção vai para a camisaria que começa com a gola aberta e desce pelo corpo até deixar um ombro só à mostra, demonstrando que a rebeldia também pode ser sexy.
Outros elementos presente na passarela foram as franjas, bermudas, detonados e o clássico tecido Toile de Jouy, que ganharam cara nova e apareceram em tons escuros.
Foto destaque: Coleção verão 2024 da Dior. Reprodução/